tag:blogger.com,1999:blog-21283576801873867612024-03-27T23:54:40.507+00:00Fraternidade em MovimentoNa Igreja de Jesus, somos irmãos. Estudamos modos de colaboração, usando os dons de cada um.Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.comBlogger4112125tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-82905317417884983962024-03-27T17:33:00.001+00:002024-03-27T17:33:14.587+00:00O entusiasmo de Jesus na Ressurreição: «Ó, mulher, acorda! Não vês que ressuscitei?»<div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgzDfCaWZhJElk_4JWeW1mChkUD7WjF6rHvm1F3YF0-Ws9Iaa6WkYzONpjJjvvH04Q_acZWJ2Mpbb4baIQnhPR9jy5gFIm8mYxxGOZ2SgvKAd3WAeVywy8gf4Sj2svSeiAdJsNDWjCiKAA6-7z-3-QJ-AwMH59lBbfXK9LRc3tA8wJA_uPszXoYySTI59HH" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="2880" data-original-width="2880" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgzDfCaWZhJElk_4JWeW1mChkUD7WjF6rHvm1F3YF0-Ws9Iaa6WkYzONpjJjvvH04Q_acZWJ2Mpbb4baIQnhPR9jy5gFIm8mYxxGOZ2SgvKAd3WAeVywy8gf4Sj2svSeiAdJsNDWjCiKAA6-7z-3-QJ-AwMH59lBbfXK9LRc3tA8wJA_uPszXoYySTI59HH=w640-h640" width="640" /></a></div>A ressurreição é motivo de alegria, de festa, e ninguém mais
do que Jesus estava radiante de alegria e felicidades com a sua
gloriosa ressurreição dos mortos.</span></div><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: large;"><div style="text-align: justify;"> </div><o:p><div style="text-align: justify;">Depois da ressurreição, nenhum traço de tristeza pode ser
imaginado em Jesus Cristo, que tinha todos os motivos para estar
entusiasmado: <span style="text-align: left;">Deus ressuscitou-O</span>.</div></o:p><o:p><div style="text-align: justify;"><br /></div></o:p><div style="text-align: justify;">Na manhã da Páscoa, há luto e tristeza nas mulheres e nos discípulos que choravam a morte de Jesus. <o:p>Mas a eles, Jesus pergunta: «P</o:p>orque choras?» (João 20, 15).</div><o:p><div style="text-align: justify;"><br /></div></o:p><div style="text-align: justify;">É o Jesus Cristo cheio de alegria que se dirije assim aos seus, para lhes dizer que a tristeza e o luto acabaram.</div><o:p><div style="text-align: justify;"><br /></div></o:p></span><span style="font-size: large;"><o:p><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;">A Madalena chora e Jesus diz: «Mulher, porque choras?» Ela a chorar, </span><span style="text-align: left;">Jesus a rir. Ela triste, Ele alegre. </span><span style="text-align: left;">Madalena triste porque Jesus morreu. </span><span style="text-align: left;">Jesus alegre porque ressuscitou. E o </span><span style="text-align: left;">entusiasmo de Jesus na frase «Mulher, porque choras?» é um «Ó, mulher, acorda! Não vês que ressuscitei?»</span></div></o:p></span><span style="font-size: large;"><o:p><div style="text-align: justify;"><br /></div></o:p><div style="text-align: justify;">Talvez, infelizmente, é a tristeza que pesa na maioria dos discípulos de Jesus Cristo ainda hoje, ao invés de
imperar a alegria da ressurreição. <span style="text-align: left;">Muitos ainda vêm Jesus a partir da
tristeza, e com isso criam uma religião não do jugo leve, mas pesado.</span></div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">E quando a religião é um fardo pesado demais a reação é o abandono, porque cansa
carregar um fardo pesado demais. Pelo contrário, ninguém se cansa nem desanima ao carregar um fardo leve.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Maria Madalena, Pedro e João, os discípilos de Emaús, após conviverem com Jesus Cristo ressuscitado anunciam o Evangelho com dessassombro, e o número de discípulos cresce.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Talvez no nosso tempo, por insistir-se em manter e instaurar uma
religião da tristeza, está-se a levar ao desanimo e ao abandono de muitos. Foram
buscar a paz em outros lugares, já que não encontraram onde deveriam encontrar.</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p></span><span style="font-size: large;"><div style="text-align: justify;">Jesus Ressuscitado quer que todos sejam alegres, felizes, e não tristes! Que Ele encha os corações de alegria e entusiasmo!</div></span></span></div><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
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<p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-41508889022960964632024-03-26T13:13:00.005+00:002024-03-26T15:11:57.822+00:00«O pior da morte é revelar-nos os momentos não vividos...»<p></p><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; font-family: inherit; font-size: x-large; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg_12wWX2uxuY_akA-DIcXbJt5n5gupOcUbUNxqye82uGCpIQ4fpOVDrdiNzYCZXeogM82t_REfEPj707D4Mh0hAky7nPFVlZi32XyiWte3THpDnRk3MKqVJtJGY27Kfjtoh9gQElH_ZwEEDS5uFGWZE1b8YOegOrENo0AZRh1M06izvK7RyjQFP513kxwM" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="1106" data-original-width="1498" height="472" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg_12wWX2uxuY_akA-DIcXbJt5n5gupOcUbUNxqye82uGCpIQ4fpOVDrdiNzYCZXeogM82t_REfEPj707D4Mh0hAky7nPFVlZi32XyiWte3THpDnRk3MKqVJtJGY27Kfjtoh9gQElH_ZwEEDS5uFGWZE1b8YOegOrENo0AZRh1M06izvK7RyjQFP513kxwM=w640-h472" width="640" /></a></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;">«O pior da morte é revelar-nos os momentos não vividos...</span></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O melhor é que a saudade, que é amor – e não uma memória
dele –, é a prova absoluta de que esse mesmo amor não acabou: Ele existe e
resiste. </span><span style="font-family: inherit;">Só quando nos esquecemos dos que nos sonharam e amaram é que
a morte nos vence e ficamos sós.»</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: right;">José Luís Nunes Martins, escritor, cronista e filósofo, em <a href="https://www.instagram.com/joseluisnunesmartins/" target="_blank">Instagram</a></div></span></div><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
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<p></p>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-15284106695780249642024-03-22T14:56:00.005+00:002024-03-22T14:56:54.754+00:00«O Evangelho da Paixão convida-nos a perguntar-nos com quem nos identificamos, quando seguir Jesus se torna difícil»<div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgOLLV4ZQqoNi1ZlFNQZs5pFyO3JElbbJsOQHMPO5zNI0Cn6oqywuMNw1vw1IiFtcIPjXGvXl19HR7EYZP74ouqvcvgLG5FpQGbimP64J9-Py4a4lDlzAKktrEr6WVG77DkY1EjVv95705SZsm3MzdYfVNWWsPAdCvZKYtG5eem0s3nvG6ZLANbUl1Ta93K" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="2020" data-original-width="2012" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgOLLV4ZQqoNi1ZlFNQZs5pFyO3JElbbJsOQHMPO5zNI0Cn6oqywuMNw1vw1IiFtcIPjXGvXl19HR7EYZP74ouqvcvgLG5FpQGbimP64J9-Py4a4lDlzAKktrEr6WVG77DkY1EjVv95705SZsm3MzdYfVNWWsPAdCvZKYtG5eem0s3nvG6ZLANbUl1Ta93K=w637-h640" width="637" /></a></div>De acordo com o relato do Evangelho de Marcos, Jesus entra
em Jerusalém entre aclamações e alegria daqueles que «estenderam os seus mantos
pelo caminho, outros espalharam ramos que haviam apanhado nos campos” e O
louvavam dizendo: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor!”</span></div><span style="font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Jesus é assim apresentado como o Messias esperado, um rei
pobre e humilde já predito pelo profeta Zacarias (Zc 9, 9ss). Ele é recebido
por um grupo de pessoas simples que conhece/experimentou a sua proximidade com
os mais fracos e experimentou o seu amor, e agora O aguarda ansiosamente. Eles O
esperam, honram-No, recebem-No com alegria e fazem um manto com aquilo que
possuem: os seus mantos, os ramos ao redor deles e, fundamentalmente, a sua
alegria, o sentimento de serem honrados com a presença Dele.</span></div><o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Podemos pensar na alegria de Jesus nesse momento. Ele sente-Se
recebido e aceite por esse pequeno grupo, no qual se refletem os rostos de
tantas pessoas a quem Ele falou, curou, tocou as suas feridas, curou-as e
recebeu a sua mensagem de vida e profunda alegria. Pessoas necessitadas,
pobres, que não têm medo de serem rejeitadas porque talvez não tenham nada a
perder. Não fazem parte de nenhum espaço social ou religioso. São pessoas
simples e humildes que, a partir da sua pobreza, acolhem Jesus e reconhecem Nele
uma salvação que lhes devolve a identidade e a liberdade. Aproximam-se de Deus
que se tornou próximo delas, que entrou na sua casa, que comeu com elas. Jesus
é profeta, messias, o Filho de Deus que vibra com os sentimentos do seu povo.
Ele está no meio deles e com eles sente, sofre, chora, se alegra, come,
dialoga, ensina, compartilha a vida, é o rei dos que foram deslocados e
marginalizados pelos donos do poder social e religioso da época.</span></div><o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Essa receção terna e animada incentiva Jesus a entrar em
Jerusalém, apesar do futuro que o aguarda.</span></div><o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Talvez algumas daquelas pessoas acompanhem todo o processo
de condenação de Jesus a partir da sua condição de excluídos. Eles conhecem
esse caminho porque o experimentaram em primeira mão com amigos ou com aqueles
que foram condenados injustamente. Eles conhecem os truques e as alianças que o
poder político e religioso faz para manter cada um no seu lugar de
"privilégio". Não se trata de um grupo ingénuo nem de um grupo que se
vende a quem paga mais. São pessoas que conhecem a dor, o sofrimento e é por
isso que vêm para receber Jesus, que é o seu Rei e Messias. Eles assistirão com
dor à condenação de Jesus.</span></div><o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Em vários momentos dos capítulos 14 e 15 do Evangelho de
Marcos, Jesus é questionado sobre a sua identidade: o sumo sacerdote pergunta
se ele é o Messias; Pilatos: «Tu és o rei dos judeus?»; os sacerdotes e
escribas exigem que Ele prove que é o Messias e zombavam entre si.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Mas o oficial do exército que estava em frente de Jesus, ao ver
como Ele havia expirado, disse: «Na verdade, este homem era Filho de Deus!» É a
palavra final depois que Jesus morreu.</span></div><o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O texto continua dizendo que: “Aí estavam também algumas
mulheres, olhando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de
Tiago, o menor, e de Joset, e Salomé. Elas haviam acompanhado e servido a
Jesus, desde quando ele estava na Galileia. Muitas outras mulheres estavam aí,
pois tinham ido com Jesus a Jerusalém. (Mc 15, 40-41)</span></div><o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Essas mulheres fazem parte do grupo que acompanha Jesus na
sua entrada em Jerusalém e nelas estão representadas todas as pessoas pobres e
simples cujas palavras são silenciadas pelo sistema que oprime o povo, mas não
consegue silenciar o grito silencioso do seu testemunho e fidelidade. São eles
que acompanham Jesus no momento mais trágico, como fizeram durante toda a sua
vida. Eles souberam ver nele o Messias, o Deus presente no nosso meio, e são
"muitos" os que subiram com ele a Jerusalém. Eles não precisam de
perguntar sobre a identidade de Jesus, porque a sua vida já é uma resposta de
amor e fidelidade.</span></div><o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O Evangelho da Paixão convida-nos a perguntar-nos com quem
nos identificamos nos momentos de dificuldade, quando seguir Jesus e ser seus
discípulos se torna difícil.</span></div> <o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Somos como as pessoas humildes que recebem o Messias e O
acompanham como as mulheres por todo o caminho? Ou somos como os fariseus e os
sumos sacerdotes que constantemente pediam sinais da presença de Deus para
acreditar nele? Talvez haja momentos na nossa vida em que fomos como o oficial
romano que soube reconhecer o Messias diante de um resultado doloroso, mas
depois apagamos essa chama da fé?</span></div><o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Peçamos às mulheres e aos homens que estiveram ao lado de
Jesus durante toda a sua vida que nos ensinem a ser discípulos e testemunhas de
Deus que ama a ponto de dar a vida por cada um de nós.</span></div><o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Como disse o padre Adroaldo Palaoro, jesuíta: «Têm a coragem
de permanecer ali, acolhendo o acontecimento em toda a sua crueldade e
profundidade; estão de pé, enquanto outros desistiram ou se afastaram
assustados. A partir deste momento, vão aprendendo a conviver com a morte, com
a Dele, com a sua e com a dos outros. Vão aprendendo, precisamente no meio da
morte, a “celebrar a vida”, mesmo intuindo que uma lança também as/os
atravessará. Ensinam-nos que “subir a Jerusalém” é assumir o conflito e a
rejeição por defender os pobres e pequenos; é encontrar a perseguição devido ao
compromisso em favor da vida; é saber que os grãos que caem em terra precisam
morrer para germinar e multiplicar a vida.»</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: inherit;">Ana Maria Casarotti, missionária de Cristo Ressuscitado,</span> <a href="https://www.ihu.unisinos.br/637642-as-mulheres-junto-a-cruz-de-jesus?utm_campaign=newsletter_ihu__22-03-2024&utm_medium=email&utm_source=RD+Station" target="_blank">UNISINOS</a></div></span></div><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
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fim violento. Sabe ao que se expõe se continuar a insistir no projeto do reino
de Deus. É impossível procurar com tanta radicalidade uma vida digna para os
«pobres» e «pecadores» sem provocar a reação daqueles que não estão
interessados em nenhuma mudança.<br /><o:p> <br /></o:p>Jesus não é um suicida. Não procura a crucificação. Nunca
quis o sofrimento para os outros nem para Si mesmo. Toda a sua vida foi
dedicada a combatê-lo onde quer que o encontrasse: na doença, nas injustiças,
no pecado ou no desespero. Por isso não corre agora atrás da morte, mas tampouco recua.<br /><o:p> <br /></o:p>Continua a acolher os pecadores e os excluídos, mesmo que as
suas ações irritem no templo. Se acabarem por condená-lo, morrerá também como
um criminoso e excluído, mas a sua morte confirmará o que foi toda a sua vida:
confiança total num Deus que não exclui ninguém do perdão.<br /><o:p> <br /></o:p>Continua a anunciar o amor de Deus aos últimos,
identificando-se com os mais pobres e desprezados do império, por muito que
incomode os que estão próximos do governador romano. Se um dia o executam no
suplicio da cruz, reservada aos escravos, morrerá também como um desprezível
escravo, mas a sua morte selará para sempre a fidelidade de Deus defensor das
vítimas.<br /><o:p> <br /></o:p>Cheio do amor de Deus, continua a oferecer a Salvação a quem
sofre o mal e a doença: dá acolhimento a quem são excluídos pela sociedade e
pela religião; oferece o perdão gratuito de Deus a pecadores e a pessoas
perdidas, incapazes de voltar à sua amizade. Esta atitude salvífica, que
inspira toda a sua vida, inspira também a sua morte.<br /><o:p> <br /></o:p>Por isso, aos cristãos, nos atrai tanto a cruz. Beijamos o
rosto do Crucificado, levantamos os olhos para Ele, escutamos as suas últimas
palavras… porque na sua crucificação vemos o serviço último de Jesus ao projeto
do Pai, e o gesto supremo de Deus entregando o seu Filho por amor a toda a Humanidade.<br /><o:p> <br /></o:p>Para os seguidores de Jesus, celebrar a paixão e a morte do
Senhor é um agradecimento emocionado, adoração alegre ao amor incrível de Deus
e chamada a viver como Jesus, solidarizando-nos com os crucificados.<br /></span><o:p><span style="font-family: inherit;"> <br /></span><div style="text-align: right;"><span style="font-family: inherit;">José Antonio Pagola, em </span><a href=" https://www.gruposdejesus.com/domingo-de-ramos-b-marcos-141-1547-9/" target="_blank"><span style="font-family: inherit;">Grupos de Jesus</span></a></div></o:p></span></div><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
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<p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-8976872943155200212024-03-19T18:04:00.020+00:002024-03-19T18:09:20.596+00:00Páscoa, o mistério e o assombro<div style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span><span style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhEe5JYMvWzjOTA24JfCUNyQWfdI-fvSYVGXNbHNJyVh-Mz4COS7pJyjDUujwJvBClFYU7TfC46dYHwfzMero06mzayEyJ2aAAtOoUT92hxhuOVjyMXq5iPYWmXJHCeET_eFX-yH2OriWOoZ1miNirS1BIAs06kFG4G8fLwJto9_XYURxDR7NPbMC6h45LL" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="1061" data-original-width="1105" height="614" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhEe5JYMvWzjOTA24JfCUNyQWfdI-fvSYVGXNbHNJyVh-Mz4COS7pJyjDUujwJvBClFYU7TfC46dYHwfzMero06mzayEyJ2aAAtOoUT92hxhuOVjyMXq5iPYWmXJHCeET_eFX-yH2OriWOoZ1miNirS1BIAs06kFG4G8fLwJto9_XYURxDR7NPbMC6h45LL=w640-h614" width="640" /></a></div>Na
Eucaristia do dia de Páscoa, antes da proclamação do Evangelho, inclui-se a </span></span><b><i>Sequência pascal</i></b><span>, um belo poema litúrgico, com a estrut<span>ura de um canto popular.
Data do século XII:</span></span></span></div><div style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">«À Vítima pascal ofereçam os cristãos sacrifícios de louvor.</span></div><div style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">O Cordeiro resgatou as ovelhas: Cristo, o Inocente, reconciliou com o Pai os pecadores.</span></div><div style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">A morte e a vida travaram um admirável combate: depois de morto,</span></div><div style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">vive e reina o Autor da vida.</span></div><div style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Diz-nos, Maria: Que viste no caminho?</span></div><div style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Vi o sepulcro de Cristo vivo e a glória do Ressuscitado. Vi as testemunhas dos Anjos, vi o sudário e a mortalha. Ressuscitou Cristo, minha esperança: precederá os seus discípulos na Galileia.</span></div><div style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Sabemos e acreditamos: Cristo ressuscitou dos mortos; ó Rei vitorioso, tende piedade de nós.»</span></div><div style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span><span>Nele se contém esta interpelação a Maria Madalena: «</span><span>Diz-nos, Maria, que viste</span><span>?» A sua resposta assume o q</span></span><span>ue se refere noutro evangelho:
«Vi a glória do ressuscitado… Cristo minha esperança precede-vos na Galileia».
É um convite a pôr-nos a caminho para a nossa Galileia interior, onde Cristo
ressuscitado também nos precede, para converter em terreno fecundo a aridez
desértica do nosso quotidiano.</span></span></div><div style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><o:p> <br /></o:p>O
verbo utilizado no texto grego para designar a ressurreição de Cristo também
significa levantar-se. <span style="background: white; color: black; mso-color-alt: windowtext;">Tem todo o sentido essa associação, se tivermos em conta </span>aquelas
situações em que, depois de termos estado caídos, nos sentimos de novo erguidos.
<span style="background: white; color: #222222; mso-bidi-font-weight: bold;">Cada
grito ancestral de vida escondido na profundidade nua dos sonhos e no erotismo
próprio do que é vivo é como a turgidez ereta de uma pulsão, que se levanta
para reclamar o que em nós não é apodrecível</span>. Germina, de facto,
no mais fundo de nós um pressentimento de que somos muito mais do que a nossa
poeira originária. Assim como o encontro de Maria Madalena com o ressuscitado
apurou nela o dom de respirar a vida ascensional, também em nós, o mistério da
ressurreição pode apurar a nossa sede de infinito e a nossa fome de eternidade.<br /><o:p></o:p><o:p> <br /></o:p><span style="background: white; color: #222222;">A madrugada é ainda mais jubilosa quando se
segue a uma noite escura</span>.
Foi no claro-escuro da madrugada, quando a luz do dia apenas se vislumbrava,<span class="selectable-text1"> que Maria Madalena se sentiu envolvida pela luminosa
experiência da ressurreição. A vigília pascal é também celebrada na longa noite
de uma progressão da escuridão para a luz, proporcionando-nos essa mesma </span><span style="background: white; color: black;">respiração espiritual.</span><span class="selectable-text1"> </span>Nessa vigília, como que acolhemos o convite,
feito por <span class="selectable-text1">S. Gregória Nazianzo, no longínquo
século IV: «Como Maria, levanta-te cedo e procura ser o primeiro a ver a pedra
removida».<br /><o:p></o:p></span><span class="selectable-text1"><o:p> <br /></o:p></span>O
fulgor do lume novo da Páscoa pode dar uma renovada incandescência às zonas sombrias
da nossa vida, converter em dança todos os nossos lutos e anunciar alvoradas às
nossas noites. Celebrar a Páscoa é aprender a amanhecer.<br /><o:p> <br /><div style="text-align: right;"><span>Manuel
António Ribeiro, sócio 42 da Fraternitas</span></div></o:p></span></div>
Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-65978645788658497142024-03-19T14:50:00.001+00:002024-03-19T14:50:16.313+00:00As sete tentações dos jovens - reflexão do bispo Manuel Falcão (1922-2012)<div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjV-XOqC5zpDKvbngmqcNcbRZ1yJ6MX740e4X8JUcBH2orE6TKj-PCqUAyghtAtQvUY7LNBLwYXvi8n8TCRW_f84bvyLIT1hxVYo1TBowvI1JkU1wR3ALhXp6ZfMcYTUVBFZbYk6Ptltf87vkOgqQkbp2Hz4AKrBExVWcyXjOvw5HRk0Eg9oI9Db4sbyJGS" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="2101" data-original-width="2545" height="528" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjV-XOqC5zpDKvbngmqcNcbRZ1yJ6MX740e4X8JUcBH2orE6TKj-PCqUAyghtAtQvUY7LNBLwYXvi8n8TCRW_f84bvyLIT1hxVYo1TBowvI1JkU1wR3ALhXp6ZfMcYTUVBFZbYk6Ptltf87vkOgqQkbp2Hz4AKrBExVWcyXjOvw5HRk0Eg9oI9Db4sbyJGS=w640-h528" width="640" /></a></div><span style="font-family: inherit;">«Quais são as tuas tentações? Consegues nomeá-las?» - quem me avisa, meu amigo é. Sou amigo dos jovens. Por isso os quero pôr de sobreaviso contra o que julgo poder chamar as suas tentações maiores.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="color: #990000;">Primeira: Desperdiçar o tempo da juventude pelo desaproveitamento das oportunidades únicas de valorização</span></b> intelectual, moral, social e até física, postas à disposição da generalidade dos jovens de hoje: na família e na escola, na catequese e aula de religião, nos movimentos de juventude e grupos de reflexão, no desporto e na convivência amiga com outros jovens. Encarar tais oportunidades só pelos falsos critérios do divertimento e do menor esforço é lamentável tentação, de que só tarde demais se vem a dar conta.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="color: #990000;">Segunda: Entrar no jogo da competição, tudo fazendo por ultrapassar os outros</span></b>: estudo desalmado, cunhas, lisonja, deslealdades. Quem guarda para si certos trunfos e se alegra com o fracasso dos que vão ficando para trás, cai numa das tentações mais típicas dos nossos dias: a de vencer na vida sem olhar aos meios.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="color: #990000;">Terceira: Comer, beber, divertir-se, procurar o prazer sem ter em conta o que há de profundamente deseducativo</span></b> em não disciplinar os apetites e de profundamente injusto para os milhões de seres humanos que passam fome, sede, miséria e sofrimento, por lhes faltar o que sobra aos outros. Esta tentação, igualmente típica da nossa sociedade consumista e hedonista, está a atingir em cheio os jovens dos nossos dias.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="color: #990000;">Quarta: Reagir com impaciência e chegar mesmo à violência quando as coisas não correm bem</span></b>, quando se não tem o que apetece, quando se sofre contestação ou afronta Esta tentação contra uma das mais importantes virtudes humanas, que é a paciência, própria dos espíritos fortes, leva às atitudes de rebeldia e aos grupos de pressão, tendentes a tudo querer resolver a ferro e fogo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="color: #990000;">Quinta: O culto do sexo, em grande parte fruto duma falsa visão da sexualidade humana</span></b>, que separa realidades de sua natureza indissociáveis: genitalidade e a afetividade, o amor humano e a família, a relação sexual e a transmissão da vida. Tal tentação afronta a dignidade humana, atenta contra a instituição familiar, esteriliza a sociedade. Radicada no desequilíbrio duma natureza humana decaída, esta tentação avoluma-se hoje com as modas da emancipação e destruição de "tabus", ao serviço, consciente ou inconscientemente, dos empórios comerciais do sexo, da pornografia, da prostituição, dos contracetivos. Qual o ou a jovem que não a experimenta?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="color: #990000;">Sexta: A visão egoísta da vida que leva a pensar só ou sobretudo nos próprios interesses</span></b>, insensível às necessidades dos outros e aos grandes movimentos de solidariedade. Tal tentação, que dá mais valor ao ter que ao ser alimenta a "moral" do mais forte, que tranquiliza a consciência perante os contrastes entre o mundo da riqueza e a da miséria... tal tentação já atingiu a juventude numa das suas mais belas virtudes, a generosidade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="color: #990000;">Sétima: Finalmente, mas não menos grave, a tentação da autossuficiência, do menosprezo dos outros</span></b>, até dos próprios pais, considerados menos cultos, menos espertos, menos aptos para as vitórias deste mundo competitivo. É tentação fundamental, subjacente a todas as outras, incapaz de compreender o valor da verdadeira humildade, a virtude sem a qual nada de sólido se pode construir no edifício moral de cada homem e de toda a sociedade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Dom Manuel Falcão (1922-2012), bispo de Beja </span></div></div>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-42829699722465326472024-03-15T17:04:00.000+00:002024-03-15T17:04:08.945+00:00«Há um sofrimento aceite como o preço do nosso esforço para fazê-lo desaparecer entre as pessoas»<div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhSPoScjYwgQsjrfQ-QNFJ_6_0gTv8Z7RN1ytvXq9NaAATyA7-ehq8b2zJDD9hu5x6MoCENRsYkTLzIHLQ2natF_ENSWETKk1Bm-Polr7fFXRkCVQCa36sx1rJf0UVIqSndJNWUjds72y-dmZszkhqf9Sq9Fs54cnKAuETDLCn7Guc0XvnVS0tE00NC3D26" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="300" data-original-width="218" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhSPoScjYwgQsjrfQ-QNFJ_6_0gTv8Z7RN1ytvXq9NaAATyA7-ehq8b2zJDD9hu5x6MoCENRsYkTLzIHLQ2natF_ENSWETKk1Bm-Polr7fFXRkCVQCa36sx1rJf0UVIqSndJNWUjds72y-dmZszkhqf9Sq9Fs54cnKAuETDLCn7Guc0XvnVS0tE00NC3D26=w464-h640" width="464" /></a></div><span style="font-family: inherit;">Poucas frases são tão provocativas como as que ouvimos a Jesus no Evangelho: «</span></span><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: large;">Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só; mas se morrer, dará muito fruto. Quem ama a sua vida, perdê-la-á, e quem despreza a sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna. Se alguém Me quiser servir, que Me siga, e onde Eu estiver, ali estará também o meu servo. E se alguém Me servir, meu Pai o honrará.</span><span style="font-size: large;">» (João 12, 20-33)</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">O pensamento de Jesus é claro: não se pode gerar vida sem dar a própria. Não se pode fazer viver os outros se não se está disposto a «desviver-se» pelos outros. A vida é fruto do amor e brota na medida em que sabemos entregar-nos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><b><span style="color: #990000; font-family: inherit; font-size: large;">Três tipos de sofrimento</span></b></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div style="text-align: justify;">No Cristianismo, nunca se distinguiu com claridade o sofrimento que está nas nossas mãos suprimir e o sofrimento que não podemos eliminar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">1 - Há um sofrimento inevitável, reflexo da nossa condição de criatura, e que nos revela a distância que ainda existe entre o que somos e o que somos chamados a ser.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">2 - Há também um sofrimento que é fruto dos nossos egoísmos e injustiças. Um sofrimento com o qual as pessoas se ferem mutuamente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">3 - E é natural que nos afastemos da dor, que procuremos evitá-la sempre que possível, que lutemos para suprimi-la de nós. Precisamente por esta razão, existe um sofrimento que é necessário assumir na vida: o sofrimento aceite como o preço do nosso esforço para fazê-lo desaparecer entre as pessoas. «A dor só é boa se permite o processo da sua supressão» (Dorothee Sölle).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É claro que na vida poderíamos evitar muitos sofrimentos, amarguras e deceções. Bastaria fechar os olhos ao sofrimento dos outros e fechar-nos na busca egoísta da nossa felicidade. Mas sempre seria um preço demasiado elevado: deixando simplesmente de amar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quando se ama e se vive intensamente a vida, não se pode viver indiferente ao sofrimento grande ou pequeno das pessoas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Aquele que ama fica vulnerável. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Amar os outros inclui sofrimento, «compaixão», solidariedade na dor. «Não existe sofrimento que nos possa ser estranho» (K. Simonow). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Esta solidariedade dolorosa faz surgir a salvação e libertação para o ser humano. É o que descobrimos em Jesus Crucificado: salva quem partilha a dor e se solidariza com o que sofre.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: right;">José Antonio Pagola, <a href="https://www.gruposdejesus.com/5-quaresma-b-joao-1220-33-2/" target="_blank">Grupos de Jesus</a></div></span></div>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-53748860861041521832024-03-11T15:50:00.002+00:002024-03-11T15:50:30.599+00:00O meu lado mulher - texto de Frei Betto, escritor brasileiro<div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; font-size: xx-large; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhkOiQskSDX_X6NOQdvm2MeLXm8cNek1cigAWlknmDTYwDd6-3M00wMZdGNjMzru8s2uj79m_KQ6YycC9QUxhYoAlstSTKkbUtsPdVO_RXjk9cGFY9OUEJScJMD9NP-5wi-fxLPRjC2YzC31NgE6X8QpfiWJddkPT7IL7cWlubHF3QN47Jf1mwHlJDGWVnb" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="1426" data-original-width="1438" height="635" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhkOiQskSDX_X6NOQdvm2MeLXm8cNek1cigAWlknmDTYwDd6-3M00wMZdGNjMzru8s2uj79m_KQ6YycC9QUxhYoAlstSTKkbUtsPdVO_RXjk9cGFY9OUEJScJMD9NP-5wi-fxLPRjC2YzC31NgE6X8QpfiWJddkPT7IL7cWlubHF3QN47Jf1mwHlJDGWVnb=w640-h635" width="640" /></a></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;">O meu lado mulher incomoda-se de receber homenagens num
único dia do ano – 8 de março -, enquanto o meu lado homem se farta com 364
dias. Talvez se faça necessária esta efeméride, dor recente de cicatriz antiga.
Porque vive-se numa sociedade machista: matrimónio – o cuidado do lar; património
– o domínio dos bens.</span></span></div><span style="font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">O marido possui casa, carro, mulher, que incorpora ao nome o
da família dele. A casa, ele exige que se limpe todo os dias. O carro, ele
manda à oficina ao menor defeito. Mas à mulher, ser polivalente, cabe o dever
de cuidar da casa, dos filhos, das compras e do bom-humor do marido, que nem
sempre se lembra de cuidar dela.</span></span></div><o:p style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O meu lado mulher nunca viu o marido gritar com o carro,
ameaçá-lo ou agredi-lo. Nem sempre, entretanto, ela é tratada com o mesmo
respeito. Ele esquece que marido e mulher não são parentes, são amantes. Ou
deveriam ser.</span></div><o:p style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Na Igreja Católica, os homens têm acesso aos sete
sacramentos. Podem até ser ordenados padres e, mais tarde, obter dispensa do
ministério e contrair matrimónio. Toda a hierarquia da mais antiga instituição
do mundo é de homens. Mas o que seria dela e deles se não fossem as mulheres?</span></div><o:p style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">As mulheres, consideradas pela teologia vaticana um ser
naturalmente inferior, só têm acesso a seis sacramentos. Não podem receber a
ordenação sacerdotal, embora tenham merecido de Jesus o útero que o gerou; o
seguimento de Joana, de Susana e da mãe dos filhos de Zebedeu; a defesa da
mulher adúltera; o perdão à samaritana; a amizade de Madalena, primeira
testemunha da sua ressurreição.</span></div><o:p style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O meu lado mulher tem pavor da violência doméstica; do
imbecil que diz disparates quando uma mulher passa; do pai que assedia a filha,
atirando-a para as garras da prostituição; do patrão que exige préstimos
sexuais da funcionária; do marido que ergue a mão para profanar o ser que deu à
luz os seus filhos.</span></div><o:p style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Diante da TV, das imagens na internet ou de uma banca de
revistas, o meu lado mulher estremece: ela é a burra, a idiota que rebola no
fundo do palco, mergulha na banheira exposta no palco, expõe-se na casa dos </span><i style="font-family: inherit;">big
brothers</i><span style="font-family: inherit;">, associa-se à publicidade de cervejas e carros, como um adereço a
mais de consumo. Diante do poder despótico, o meu lado mulher estremece: o
presidente desbocado e debochado humilha, ofende, agride e pratica o assédio
virtual.</span></div><o:p style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O meu lado mulher tenta resistir ao implacável jogo da
desconstrução do feminino: tortura do corpo em academias de ginástica; anorexia
para manter-se esbelta; vergonha das gorduras, das rugas e da velhice; entrega
ao bisturi que amolda a carne segundo o gosto da clientela do açougue virtual;
silicone e botox a estufar protuberâncias. E manter a boca fechada, até que
haja no mercado um chip transmissor automático de cultura e inteligência, a ser
enxertado no cérebro. E engolir antidepressivos para tentar encobrir o buraco
no espírito, vazio de sentido, ideais e utopia.</span></div><o:p style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O meu lado mulher esforça-se por livrar-se do modelo
emancipatório que adota, como paradigma, o meu lado homem. Serei ela se ousar
não querer ser como ele. Sereia em mares nunca dantes navegados, rumo ao
continente feminino, onde as relações de género serão de alteridade, porque o
diferente não se fará divergente. Aquilo que é só alcançará plenitude em
interação com o seu contrário. Como ocorre em todo verdadeiro amor.</span></div><o:p style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="text-align: right;"><span style="font-family: inherit;">Frei Betto, escritor brasileiro, em </span><span style="text-align: left;"><a href="https://ceseep.org.br/meu-lado-mulher-frei-betto" target="_blank">CESEEP – Centro Ecuménico de Serviços à Evangelização e Educação Popular</a></span></div></span></div><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
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<p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-62763065459796236072024-03-08T12:59:00.013+00:002024-03-08T13:02:05.283+00:00A Igreja deve rever o conceito de complementaridade, dizem mulheres católicas de todo o mundo<div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; font-size: x-large; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh7jGgsJaJgo8PUZYJIYbnEqeN5oa3LnMX7HLkti0iedCfAy2DQbTayS_kJHbWzzR86AaNWFYwlJbB3AuCzHwGhtMa67tCYHSjpEBQUX4G6Ckf0dnEElijs2MMIpnHS6jXUK9dTpTYNUB9SQq0quEzpHhl2RQSFe0NL--qRGVy02TenBqonpPwnmpqBQ6jf" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="1552" data-original-width="2070" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh7jGgsJaJgo8PUZYJIYbnEqeN5oa3LnMX7HLkti0iedCfAy2DQbTayS_kJHbWzzR86AaNWFYwlJbB3AuCzHwGhtMa67tCYHSjpEBQUX4G6Ckf0dnEElijs2MMIpnHS6jXUK9dTpTYNUB9SQq0quEzpHhl2RQSFe0NL--qRGVy02TenBqonpPwnmpqBQ6jf=w640-h480" width="640" /></a></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Durante um painel no dia 6 de março, antes do Dia Internacional da Mulher, teólogas e líderes católicas apelaram a um reexame da complementaridade, dizendo que, embora válidas, algumas interpretações criaram uma divisão entre o que é considerado masculino e feminino.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div style="text-align: justify;">O painel foi intitulado “Mulheres Líderes: Rumo a um futuro mais brilhante” e foi organizado conjuntamente pela Caritas Internacional e pelas Embaixadas Britânica e Australiana junto à Santa Sé.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Falando no painel, Christiane Murray, vice-diretora da Sala de Imprensa da Santa Sé, disse que as mulheres trazem uma perspectiva “fresca e inovadora” ao Vaticano, mas lamentou que quando uma mulher é nomeada para um cargo de liderança na Cúria, ela é definida como uma ‘power-player’, enquanto o mesmo não se diz dos homens que recebem as mesmas nomeações: «É como se houvesse uma aura de poder», disse ela, insistindo que o trabalho não tem a ver com poder, mas com serviço.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ela também respondeu ao que disse serem estereótipos de género, dizendo: «Tradicionalmente, qualidades como graciosidade, delicadeza, cuidado, empatia, essas qualidades estão sempre associadas à feminilidade. No entanto, é importante notar que estas características não estão intrinsecamente ligadas ao género, mas são construções sociais que podem ser vivenciadas e expressas também por indivíduos do sexo masculino.»</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Da mesma forma, a Dra. Maeve Heaney, membro consagrado da Verbum Dei e Diretora do Centro Xavier para Formação Teológica da Universidade Católica Australiana, disse que a liderança das mulheres é uma questão teológica e abordou especificamente a complementaridade. «Certas antropologias teológicas essencializam demasiado o que os homens e as mulheres trazem para a mesa de formas que são inúteis e não refletem a experiência humana real», disse ela, afirmando que estas perspectivas antropológicas referem-se tipicamente à complementaridade entre homens e mulheres.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Embora seja verdade, a complementaridade por vezes nomeia «a contribuição das mulheres como essencialmente diferente da dos homens, colocando o amor, a espiritualidade e a nutrição contra a autoridade, a liderança e o intelecto».</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">«Não estou a sugerir que não haja diferenças entre mulheres e homens, estou simplesmente a pedir que não os radicalizemos ou essencializemos», disse ela.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para tal, referiu-se aos princípios petrinos e marianos do padre e teólogo suíço Hans Urs von Balthazar, que são frequentemente invocados pelo Papa Francisco para ilustrar porque é que as mulheres podem desempenhar um papel mais importante na Igreja, mesmo que não sejam ordenadas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Heaney, na sua apresentação, saudou von Balthazar como «um génio», mas disse que o seu trabalho «não tinha controlos e equilíbrios suficientes». «A sua teologia da complementaridade, na minha opinião, é incompleta, pois enfatiza excessivamente a masculinidade de Jesus e a feminilidade da Igreja, apresentando as mulheres como receptivas e espirituais, a contrapartida e às vezes a resposta à natureza mais proativa e intelectual dos homens», disse ela.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A complementaridade em si não é um problema, disse ela, dizendo que a questão, na sua opinião, é quando os papéis de género são “radicalmente” contrastados na Igreja, «especialmente quando estes são construídos sobre papéis de poder».</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ela também apelou a um reexame da teologia da ordenação da Igreja, dizendo: «Na sua forma atual, a nossa teologia do ministério ordenado… liga a tomada de decisões em todas as esferas à ordenação, mas no nosso batismo somos todos apresentados a Cristo e somos chamados profetas, sacerdotes e reis.»</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Isto significa que todos têm um papel a desempenhar, disse ela, afirmando que o ministério ordenado é necessário, mas pode mudar. «Não estou a dizer que as mulheres deveriam ser admitidas ao ministério ordenado, mas não estou a dizer que não deveriam», afirmou Heaney, dizendo que é necessária uma reflexão «robusta» em vários níveis «para desatar o nó entre governo e poder e o sacerdócio ministerial e assim permitir que as mulheres e outros leigos desempenhem um papel importante, maior papel na tomada de decisões».</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A complementaridade, disse ela, «surgiu no momento em que a Igreja dizia que as mulheres não podem ser ordenadas.»</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O que é preciso acontecer, disse ela, é repensar profundamente a teologia da ordenação.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Questionada sobre a referência frequente do Papa Francisco aos conceitos petrinos e marianos de von Balthazar, Heaney disse que a reflexão sobre o tema da sinodalidade e da liderança colaborativa está apenas a começar, e “às vezes pedimos demais a uma pessoa, não apenas ao papa, mas a todos os líderes.”</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Continuar a ler o resumo das intervenções neste painel aqui: <a href="https://www.ihu.unisinos.br/637208-a-igreja-deve-rever-o-conceito-de-complementaridade-dizem-as-mulheres?utm_campaign=newsleter_ihu__08-03-2024&utm_medium=email&utm_source=RD+Station" target="_blank">A Igreja <span style="font-family: inherit;">deve rever o conceito de complementaridade</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><span style="text-align: left;">A reportagem é de </span><strong style="list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; text-align: left;">Elise Ann Allen</strong><span style="text-align: left;">, e foi publicada por <a href="https://cruxnow.com/vatican/2024/03/church-must-revisit-concept-of-complementarity-women-say" target="_blank"><span style="color: #2b00fe;">Crux</span></a></span></span></div></span></div>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-87439149269696450792024-03-08T11:53:00.002+00:002024-03-08T11:53:32.599+00:00Hoje, um dia destes, se te fores confessar...<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEix4fvGjGX7iY1ykj8PPd_TRMx1_wCVzIWuba289Flv_skVQSPHokFp2YOyWXIjkipG4dPAa0EhayAJqltO3Clf3T4D33S1s8YKZ3ugixXWR-6kBobP-GQ5o_uKibJ1imZG2UfsYGEWiNAvVNsWPfm5nnCai5_RBe5rziC1W5sHk724SOfGIRJiFsQx2QTL" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="1636" data-original-width="2320" height="452" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEix4fvGjGX7iY1ykj8PPd_TRMx1_wCVzIWuba289Flv_skVQSPHokFp2YOyWXIjkipG4dPAa0EhayAJqltO3Clf3T4D33S1s8YKZ3ugixXWR-6kBobP-GQ5o_uKibJ1imZG2UfsYGEWiNAvVNsWPfm5nnCai5_RBe5rziC1W5sHk724SOfGIRJiFsQx2QTL=w640-h452" width="640" /></a></div><span style="font-family: inherit;">Entras na igreja, ajoelhaste, rezas, pedes a Deus que te ajude na confissão que queres fazer de todos os teus pecados.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br />Já fizeste o teu exame de consciência, mas ainda tens aquele receio de te esqueceres de qualquer coisa que tenhas feito mais segundo a tua vontade do que segundo a vontade de Deus.<br /><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Lembras-te, no entanto, que a Igreja te ensina que aqueles pecados que não confessares por verdadeiramente não te lembrares deles no momento do Sacramento da Reconciliação, te são também perdoados, pois a tua recta intenção era confessá-los também.<br /><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Colocas a cabeça entre as mãos e deixas-te ficar ali, frente ao sacrário, aguardando o momento de te confessares, pensando que Deus extraordinário é este que se coloca assim de braços abertos para acolher e perdoar os Seus filhos.<br /><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">No teu coração e na tua mente arrependes-te sinceramente de teres cometido tais faltas e ali, frente a Jesus sacramentado, tomas o compromisso sério e firme de não voltar a cometer tais faltas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br />Aproximas-te do sacerdote que te espera no confessionário.<br /><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Vem ao teu coração que a Igreja também ensina que o sacerdote ali presente para o Sacramento da Reconciliação, está “in persona Christi”, ou seja, é Jesus Cristo que ali está, por meio do sacerdote, para te ouvir e abraçar no perdão.<br /><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Fazes o sinal da cruz e interiormente dás graças desde já a Deus por te ter trazido até ali e por estar ali naquele sacerdote para te ouvir e perdoar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br />Desfias os teus pecados, começando por aqueles que te parecem mais “pesados”, para depois, baixando a cabeça envergonhado, contares aqueles que te atormentam todos os dias e ainda não conseguiste vencer totalmente, por isso os vais repetindo tantas vezes.<br /><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">O sacerdote olha para ti, sorri, e começa por te dizer que essas faltas que repetes, são uma constante das nossas vidas, mas que, se tomamos consciência delas e as combatemos, só podemos esperar que, com a ajuda do Espírito santo, um dia venceremos essas nossas fraquezas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br />Reconheces, num instante, no teu coração que já deixaste para trás muitas dessas fraquezas que te assaltavam todos os dias, embora ainda tenhas outras para combater diariamente.<br />Ouves atentamente o sacerdote e vais sentindo a leveza do perdão entrando em ti.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br />Rezas convictamente o acto de contrição e recebes humildemente a absolvição que te é dada pelo Senhor Jesus Cristo, que age por meio do sacerdote ali presente, e que Se entregou por ti, que Se fez homem como tu, que concedeu aos Apóstolos e seus sucessores essa graça imensa de em Seu Nome, perdoarem os pecados dos homens arrependidos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br />Sais do confessionário com um sorriso no rosto, sentes-te aliviado, sentes-te renovado, sentes-te reconciliado com Deus e contigo próprio.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br />Ajoelhas-te mais uma vez frente ao sacrário para rezares a penitência que te foi dada.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br />Mas deixas-te ficar ali mais um pouco a gozar aquele momento de paz interior e até exterior que sentes agora.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br />No teu coração, na tua mente, na tua boca, sai apenas um agradecimento profundo ao Deus que te abraça e acolhe como um filho querido e amado, e vais repetindo: «Obrigado, meu Senhor e meu Deus, obrigado!»</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Joaquim Mexia Alves, <a href="https://queeaverdade.blogspot.com" target="_blank">blogue: O que é a verdade </a></span></div>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-90307774436087321072024-03-06T14:18:00.004+00:002024-03-06T14:18:49.317+00:00Só uma forma de amar foi capaz de mudar a História...<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjjeCR9jjJ6bKf40l9UnHSRmjod-qsFkqAvGMA-7PHCkZhnXg03hD8lwNbmIK5kLM2pUsmJGd0gjzOeO4EjzlGiZ60naugdTiDuO3q6D1jaVG93CZgkycPedXEnIzsgrFqdWJPvPtH3g2gJVn-fX1aXdJOb7gVfVzr-dBtWpqv6cPR417WPsRj_fbjrs5oW" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="910" data-original-width="1488" height="392" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjjeCR9jjJ6bKf40l9UnHSRmjod-qsFkqAvGMA-7PHCkZhnXg03hD8lwNbmIK5kLM2pUsmJGd0gjzOeO4EjzlGiZ60naugdTiDuO3q6D1jaVG93CZgkycPedXEnIzsgrFqdWJPvPtH3g2gJVn-fX1aXdJOb7gVfVzr-dBtWpqv6cPR417WPsRj_fbjrs5oW=w640-h392" width="640" /></a></div><span style="font-family: inherit;">O Evangelho segundo São João, no capítulo terceiro, traz-nos uma <b><span style="color: #990000;">Boa Notícia:</span></b> «Deus enviou o Seu Filho Unigénito ao mundo que criou para que o mundo seja salvo por Ele.»</span></span></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div style="text-align: justify;">São Paulo na Carta aos Efésios (Ef 2, 4-10) faz <b><span style="color: #990000;">teologia sobre esta Boa Notícia</span></b>: «Deus, que é rico em misericórdia, pela grande caridade com que nos amou, a nós, que estávamos mortos por causa dos nossos pecados, restituiu-nos à vida com Cristo – é pela graça que fostes salvos – e com Ele nos ressuscitou e com Ele nos fez sentar nos Céus. Assim quis mostrar aos séculos futuros a abundante riqueza da sua graça e da sua bondade para connosco, em Jesus Cristo. […] Nós somos obra de Deus, criados em Jesus Cristo, em vista das boas obras que Deus de antemão preparou, como caminho que devemos seguir.»</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><span style="color: #990000;">Rezar a Boa Notícia</span></b></div><div style="text-align: justify;">Senhor Jesus, ao recebermos a Boa Notícia da Salvação, nós damos conta da bondade de Deus, Teu Pai e nosso Pai.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ele mostrou-Se sempre fiel, apesar da infidelidade do seu povo. E conduziu-o diversas vezes de volta do exílio (pessoal, mental, social, moral, espiritual) para a terra prometida.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao chegar a plenitude dos tempos (o hoje, portanto), o Teu Pai, no seu amor pelo mundo, enviou-Te para que o mundo fosse salvo por Ti.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ele, rico em misericórdia, quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, deu-nos a vida em Ti; Contigo, o Pai ressuscitou-nos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Senhor Jesus, Tu e nós temos um Pai maravilhoso que nos ama e nos quer em sua casa, em perfeita comunhão de amor.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Senhor Jesus, com a tua graça, que as nossas ações, as nossas boas obras - as nossas respostas de amor -, construam um mundo marcado pela solidariedade, o cuidado com a casa comum, a fraternidade e a paz. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Amém.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><span style="color: #990000;">Viver a Boa Notícia</span></b></div><div style="text-align: justify;">Há muitas formas de expressar o amor, mas só uma foi capaz de mudar a história:</div><div style="text-align: justify;">- A quem amo tanto como Deus me ama?</div><div style="text-align: justify;">- O que fazem por mim as pessoas que mais me amam?</div><div style="text-align: justify;">- Quem precisa que eu lhe diga que Deus o/a ama com amor apaixonado?</div></span></div>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-73437649791057047162024-03-05T15:53:00.006+00:002024-03-08T11:54:26.348+00:00Homem e mulher, a plenitude da humanidade - artigo do cardeal Gianfranco Ravasi<div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-large;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhy_Lhx95h41SCVwFsVrWlrzc7DNqTxWZlVcaAdAKWk_VeKruZnf8z8HuV7zTMfaDevNpvKzCEq_is0tM-lYO-1h3N7aZnmyws0na3vsRcfvnikHyEerS-HqENXZO6b3NRyW6--taGWs5tF-OCiDlClUTr7ghnycQvsb0J6equTToI0obw1Aw9lS9UkRpsy" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="1600" data-original-width="3444" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhy_Lhx95h41SCVwFsVrWlrzc7DNqTxWZlVcaAdAKWk_VeKruZnf8z8HuV7zTMfaDevNpvKzCEq_is0tM-lYO-1h3N7aZnmyws0na3vsRcfvnikHyEerS-HqENXZO6b3NRyW6--taGWs5tF-OCiDlClUTr7ghnycQvsb0J6equTToI0obw1Aw9lS9UkRpsy=w640-h298" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-large;"><br /></span></div>N</span><span style="font-family: inherit; font-size: large;">os últimos meses voltou à moda, infelizmente num contexto
trágico, o adjetivo um tão obsoleto “patriarcal”. O pensamento de muitos voltou
para o Antigo Testamento da Bíblia, em que há um desfile de “patriarcas”
judeus: Abraão, Isaac, Jacob e outras autoridades masculinas menores.</span></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Todavia, nas mesmas páginas não falta outro cortejo de
matriarcas: Sara, Hagar, Raquel, Lia, Miriam, Débora, Ana, Judite, Ester, a
Sulamita, protagonista do Cântico dos Cânticos e assim por diante. Sem falar,
também, do Novo Testamento onde a multidão feminina se adensa tendo como líder
Maria, a mãe de Jesus.</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">Pois bem, no limiar do 8 de março, gostaríamos de propor uma
página bíblica magistral, presente na abertura do primeiro livro sagrado, Génesis
(capítulo 2), que foi empunhada por uma leitura literalista como uma espécie de
manifesto antifeminista. Nós, no entanto, paradoxalmente pretendemos oferecê-la
justamente à mulher no seu dia festivo tradicional.</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">Aquele texto pretende definir uma antropologia geral,
confiando-a - segundo o estilo semítico - não a uma reflexão teórica, mas sim
uma parábola narrativa sapiencial. Entre na cena primeiro <i>ha-'adam</i> que
em hebraico não é um nome próprio (Adão), mas um nome comum marcado pelo artigo
(<i>ha-</i>): é, portanto, o Homem, literalmente “aquele que tem a cor
avermelhada” do barro, símbolo de sua materialidade. Segundo a linguagem
mítica, o Criador de facto mistura-o com o pó da terra (Gn 2, 7), e insufla
nele não apenas um espírito vital, mas também o que nós chamaríamos de
"autoconsciência" moral pessoal.</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">Agora, quase antecipando Lévinas, Buber e os filósofos
personalistas – que, na realidade, dependem justamente da matriz bíblica – o
antigo autor bíblico orienta a sua visão da criatura humana no conceito de
relação. A relação que a pessoa estabelece é tripla, quebrando a sua solidão.</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">A primeira é vertical ascensional projetando-se para o alto,
o além, o Outro transcendente, o Criador, Deus. Num texto sagrado é o
componente radical que gera o <i>homo religiosus</i> e, num sentido
"secular", é o abrir-se ao oceano do ser e ao universo além da
própria ilha, para usar uma imagem de Wittgenstein ("o que eu queria
definir eram os contornos de uma ilha, o que descobri foram, em vez disso, as
fronteiras do oceano").</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">O ser humano, porém, vivencia uma segunda relação,
vertical-descensional, para baixo, a matéria: é a aventura de “cultivar e
cuidar da terra” (Gn 2, 15) e de “dar nomes aos animais” (2,19-20). Entra em
cena o <i>Homo faber</i>, empenhado na transformação das realidades naturais,
no trabalho, na ciência (nos papiros egípcios a lista de termos vegetais e
zoológicos indicava justamente o conhecimento científico). No entanto, observa
o Génesis, tendo chegado à noite do seu dia "vertical" de oração e de
trabalho, a criatura humana está triste e incompleta porque “não encontrara uma
ajuda<i> kenegdô"</i>, literalmente “como diante de si”.</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">Assim, desencadeia-se a terceira relação, a horizontal, o
encontro com o próprio semelhante, uma outra face humana. O Criador compreende
essa necessidade: “Não é bom que o homem esteja só; quero dar a ele uma ajuda <i>kenegdô"</i>
(Gn 2, 18), uma "ajuda" viva e pessoal, um aliado em quem possa fixar
os olhos nos olhos, mesmo em um diálogo silencioso, transferindo no outro o seu
pensamento, os sentimentos, o riso e as lágrimas.</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">Aqui está, então, aquele ato divino que foi lido como
antifeminino, simbolizado na “costela” extraída do homem: na realidade, o termo
hebraico <i>sela'</i> significa em primeiro lugar "lado",
introduzindo justamente aquela horizontalidade que acenamos acima. É com esse
símbolo carnal que é exaltada a igualdade substancial entre os dois, como é
declarado naquele canto de amor primordial que <i>ha-'adam</i> entoa e que será
explicitado na história em infinitas formas e tonalidades: “Esta é agora osso
dos meus ossos e a carne da minha carne!" (2.23).</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">Segundo a Bíblia, a corporeidade é estrutural e tem uma
compacidade psicofísica: reafirma assim a unidade profunda entre os dois que
são “uma só carne” (2.24), apesar da diversidade dos sexos. De facto, o
original hebraico com jogo de palavras define os nomes dos dois de uma forma
fulgurante, ele é <i>'ish'</i>, "homem", e ela é <i>'isshah'</i>,
"mulher": a palavra é idêntica, marcada apenas pela desinência final
do gênero. Aliás, como reitera o Gênesis, ao contrário da tradição judaica
subsequente e até mesmo popular, "Deus criou o homem à sua imagem, homem e
mulher os criou" (Gn 1, 27). A autêntica representação divina não está
apenas no homem, mas no casal que ama e gera, imitando o Criador.</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">Concluindo, querendo usar um termo ligado à evolução, a
verdadeira humanidade não ocorre na solidão dominadora do homem, mas na vida em
paridade (<i>kenegdô</i>) com a mulher, na doação mútua de amor, encontro
humano supremo, além do sexo e do eros, como canta a protagonista do Cântico
dos Cânticos: “O meu amado é meu e eu sou dele... sou do meu amado e o meu
amado é meu” (2,16; 6,3).</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">Em apêndice anexamos um texto judaico tardio adaptado, para
além da sua formulação de viés masculino, para ser uma advertência também para
os dias de hoje: “Tenha muito cuidado para não fazer uma mulher chorar porque
Deus conta as suas lágrimas. A mulher saiu da costela do homem, não dos pés
para ser pisoteada, nem da cabeça para ser superior, mas do lado para ser
igual. Um pouco mais abaixo no braço para ser protegida e do lado do coração
para ser amada".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: right;">Cardeal <span style="text-align: left;">Gianfranco Ravasi, em <a href="https://www.pressreader.com/italy/domenica-9wd9/20240303/281685439797541" target="_blank">Il Sole 24 Ore</a></span></div></span></div><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
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<p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-75971720234394480632024-02-26T15:07:00.004+00:002024-02-26T15:07:42.392+00:00 Porquê a oração da pedincha (gente que pede, pede e não alcança) não é ouvida? <div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpLnjkggYs7JYGDrDj6SIOk4vjqtozI1gusV5CecVx7KoK3rLhB3hQHpTIqWU3Sm8h7Ffa_dLBawjEpxLtjfZOt1xObGkxRIbG-4WKqcS_9ayv0ZJgMJvcB-tGBxmu9XOBdw77K0tnSKNdEP-fNCu8DnK_kMc0kUP5rAMN0qfoAGS5AXqFAvm67Uzx4AXA/s736/410188442_880133493565450_8279219716672588792_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="736" data-original-width="736" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpLnjkggYs7JYGDrDj6SIOk4vjqtozI1gusV5CecVx7KoK3rLhB3hQHpTIqWU3Sm8h7Ffa_dLBawjEpxLtjfZOt1xObGkxRIbG-4WKqcS_9ayv0ZJgMJvcB-tGBxmu9XOBdw77K0tnSKNdEP-fNCu8DnK_kMc0kUP5rAMN0qfoAGS5AXqFAvm67Uzx4AXA/w640-h640/410188442_880133493565450_8279219716672588792_n.jpg" width="640" /></a></div>«Devemos orar sempre, não até Deus nos ouvir, mas até ouvirmos Deus.»</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Não raras vezes ouvimos os lamentos mais ou menos cansados de tanta gente que pede, pede e não alcança.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></span></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Alguns até dizem perder a vontade de rezar até ao ponto de se regozijarem da sua descrença face à oração, esqueceram isto: «A grandeza da oração reside principalmente no facto de não ter resposta, do que resulta que essa troca não inclui qualquer espécie de comércio» (Antoine de Saint-Exupéry).</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tudo isto acontece porque a tentação de materializar e coisificar a prática espiritual é uma constante em nós.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pede-se fortuna, a pobreza multiplica-se. </div><div style="text-align: justify;">Pede-se o fim das guerras, cada vez há mais guerras.</div><div style="text-align: justify;">Pede-se o fim das violências de toda a ordem, cada vez há mais violência entre as pessoas.</div><div style="text-align: justify;">Pede-se saúde, mas a doença não deixa de aparecer. </div><div style="text-align: justify;">Pede-se a cura para as doenças, a morte existe sempre e está destinada para todos. </div><div style="text-align: justify;">Pede-se força para manter o corpo sempre jovem, mas é angustiantemente difícil de esconder aquilo que a passagem dos anos não perdoa. </div><div style="text-align: justify;">Pede-se tanta coisa que nos daria glória, fama e prestígio e longo bem-estar neste mundo, mas a verdadeira e maior riqueza da vida material é a sua fragilidade e a sua frivolidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Perguntam-me: O que devemos pedir, então?</div><div style="text-align: justify;">Eu respondo: Nada de coisas…</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Porque «finjo não vos ouvir, mas ouço-vos muito bem, e concedo ao vosso espírito aquilo de que têm precisão», como ensina Santa Catarina de Sena e também porque «Orar não é pedir. Orar é a respiração da alma» (Mahatma Gandhi).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A convicção essencial do que é a oração encontrou-se na profundidade do sentir do poeta Walter Benjamim, que aplica a frase à obra de Kafka, indo por sua vez buscá-la a Malebranche: «A atenção é a oração natural da alma», a tudo o que faz respirar o mundo e a existência que nos rodeia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ninguém precisa de rezar, sejamos oração permanente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: right;">Padre José Luís Rodrigues</div></span></div>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-74861025402733081382024-02-22T10:35:00.001+00:002024-02-22T10:35:03.923+00:00 Pedido às mulheres da FRATERNITAS: agradecemos que leiam e respondam a quatro perguntas<div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimqtPvYEOl13Nu3SGe5u5FpF12Zghbh-pHSPeMcpQ8YABuMmqTAjomeg6wJf9SLQeoPzNezbggPr_JNcIGIBq8XJuV3jmzvERn0MSvlHxSMGWsJ1RH75HSO7_TDr2tKXYG5vzK4aVidZP8NQeuGkVh5mtVOwConIWiqILAZoJsKu69WCIJ5UY6J2MQT37a/s1895/vozes%20que%20desafiam.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="923" data-original-width="1895" height="312" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimqtPvYEOl13Nu3SGe5u5FpF12Zghbh-pHSPeMcpQ8YABuMmqTAjomeg6wJf9SLQeoPzNezbggPr_JNcIGIBq8XJuV3jmzvERn0MSvlHxSMGWsJ1RH75HSO7_TDr2tKXYG5vzK4aVidZP8NQeuGkVh5mtVOwConIWiqILAZoJsKu69WCIJ5UY6J2MQT37a/w640-h312/vozes%20que%20desafiam.png" width="640" /></a></div>No próximo Encontro Nacional da FRATERNITAS em abril - dias 26, 27 e 28 -, sobretudo no serão do dia 26, no final da tarde do dia 27 e na assembleia geral do dia 28, vamos receber o documento elaborado pela comissão de sócios que estão a refletir sobre o tema «A Mulher na Igreja».</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Para tornar o serão, o final de tarde e a assembleia ainda mais concretos, estamos a pedir às mulheres da FRATERNITAS que escrevam e enviem nas linhas que acharem necessárias, mas, de preferência, poucas, as suas respostas a estas questões:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como se vê na Igreja?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">O que faz na Igreja?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">O que elogia na Igreja acerca da mulher nela?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">O que mudaria na Igreja acerca da mulher nela?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">É claro que os homens também podem responder às mesmas perguntas. O convite, se assim pode ser expresso, é dirigido, em particular, nos sócios viúvos que podem darnos eco do que escreveria ou diria a sua esposa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Opções para onde enviar as respostas, por escrito ou gravação de voz:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">O email: <a href="mailto:fraternitasmovimento@gmail.com">fraternitasmovimento@gmail.com</a></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">SMS para o número de WhatsApp: 964 989 344 (Fernando Ferreira, presidente da Fraternitas)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Muito agradecidos</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Pela Direção</span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Fernando Ferreira</span></div></div>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-63749703998496363442024-02-21T12:52:00.016+00:002024-02-22T10:47:59.219+00:00Deus é remédio para as infelicidades (o contrário das bem-aventuranças) espirituais<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; font-family: inherit; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYCPuPW3_zGx-utOijascm9O3ScslXxRCwgZ9WNkKzXjyUraqcWJ_jeV_AFKG6PDM2BNP2Jy1_A8xYilznnow0d1KN52mHh5pDJnktew0cpbWIJrozITMlmdQs2z1CU28-o4wZ-XHtucY3wdKAH1_RPa1JN1n3MXUzsEmgT4G1MASgpQ1kzkHMpVF6WiJ2/s2056/100374160_1511968135648888_8683100245195751424_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1529" data-original-width="2056" height="476" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYCPuPW3_zGx-utOijascm9O3ScslXxRCwgZ9WNkKzXjyUraqcWJ_jeV_AFKG6PDM2BNP2Jy1_A8xYilznnow0d1KN52mHh5pDJnktew0cpbWIJrozITMlmdQs2z1CU28-o4wZ-XHtucY3wdKAH1_RPa1JN1n3MXUzsEmgT4G1MASgpQ1kzkHMpVF6WiJ2/w640-h476/100374160_1511968135648888_8683100245195751424_n.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Deus será sempre o melhor remédio para estas infelicidades espirituais:</span></div></span></div></span></div></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: justify;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>Infelizes os consagrados a Deus que têm riquezas, não são castos e não fazem caminho com ninguém.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>Infelizes os leigos que não aprofundam o estudo das dimensões da sua fé.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Infelizes os que se consideram santos e marginalizam os pecadores.</span></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><span style="font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Infelizes o que se apoiam em supostas verdades fora da Revelação de Deus.</span></div></span></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><span style="font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Infelizes os que amam o Senhor em palavras mas não têm obras.</span></div></span></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><span>Infelizes os que conhecendo a verdade vivem na mentira.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>Infelizes os que conhecem o bem mas praticam o mal.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>Infelizes os pais que não educam seus filhos segundo o Evangelho de Jesus, mas de tudo fazem para que eles alcancem sucesso passageiro nas coisas terrenas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>Infelizes os chefes que não servem o Senhor dos senhores.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>Infelizes os que maldizem a Deus, aos seus filhos e às suas criaturas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>Infelizes os casados que violaram as promessas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>Infelizes os clérigos que não honram o seu ministério, que não creem no seu ofício, que celebram os sacramentos com pressa, como se as obrigações da sua vocação não fossem dons e presença de Deus.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>Infelizes aqueles que não se aproximam do sacramento da reconciliação, que dizem a si mesmo que é suficiente confessar-se a Deus, pensando, com isso, que os pecados são apenas de natureza espiritual e não têm repercussões individuais e sociais.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>Infelizes aqueles que usam o nome de Deus e a religião para dividir, insultar, matar, pois ultrajam Deus.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>Infelizes são os que não entendem o sentido de comungar o Corpo e o Sangue de Cristo, que é comunhão e participação com a vida de Cristo e a vida dos outros.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span>Infelizes os que não têm amor ao próximo como têm a Deus, pois Deus se fez pessoa, que Ele criou à Sua imagem e semelhança.</span></div></span></div>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-69400015328084256442024-02-20T12:56:00.002+00:002024-02-20T12:56:20.608+00:00Pensar, escutar e agir para prosseguir em Igreja Sinodal - intervenção de Fátima Almeida, do Grupo Sinodal de Braga<div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxh3PE172DeeH5R0_geb9WCTTRzlXAM28RginzffhzfVzM0GRr8o3IaiqivD-vx3-huzUNzYLMoNooqbNvUFT9l8OpdSZJDTsNI4cIeTmSI3EUvxeE8l1iyPGAg6JajQ26ArF5HfiTLSBqn6s0xs37cDK8tCaY2loWKifAJXkOSGGonEFaeE1KSMS1ln7n/s1043/fatima.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="667" data-original-width="1043" height="410" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxh3PE172DeeH5R0_geb9WCTTRzlXAM28RginzffhzfVzM0GRr8o3IaiqivD-vx3-huzUNzYLMoNooqbNvUFT9l8OpdSZJDTsNI4cIeTmSI3EUvxeE8l1iyPGAg6JajQ26ArF5HfiTLSBqn6s0xs37cDK8tCaY2loWKifAJXkOSGGonEFaeE1KSMS1ln7n/w640-h410/fatima.png" width="640" /></a></div><span style="font-family: inherit;">Fátima Almeida integra a Liga Operária Católica / Movimentos dos Trabalhadores Cristãos e a Comissão Justiça e Paz de Braga. Este texto corresponde à partilha que fez no debate «Sínodo católico: promessa de futuro para pôr em prática», promovido pelo <a href="https://setemargens.com/pensar-escutar-e-agir-para-prosseguir-em-igreja-sinodal/" target="_blank">7MARGENS</a> no passado dia 15 de fevereiro, e que pode ser visto no Youtube:
</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/wT_By50I0h4?si=GxTmzrDuHuVvA6K-" title="YouTube video player" width="560"></iframe></span></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><span>«Vou partilhar convosco os dois anos de percurso do grupo sinodal, na diocese de Braga.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><span><div style="text-align: justify;"><span>Na descrição que vou fazer, não vou falar-vos especificamente de dificuldades, mas de caminho realizado, ressalvando que as dificuldades existem, a começar pela apatia e pouco interesse de tantos responsáveis na Igreja por este processo sinodal, o desânimo que se vai sentindo em cada um, a cada momento; os muitos outros compromissos que impedem participações, os silêncios, o gerir diferenças e formas de pensar diferente, os que vão ficando pelo caminho sem explicação ou porque o entusiasmo deste caminho sinodal “arrefeceu”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>As dificuldades de saber escutar e deixar o Espírito Santo trabalhar em cada um de nós são muitas, como acontece sempre que trilhamos um caminho que não conhecemos. Para o percorrer, temos que “partir muita pedra”, dentro de cada um de nós, da Igreja e do mundo em que vivemos. Ficamos na esperança de que sejam estas dificuldades que, a cada momento, nos despertem e nos façam renovar e recriar novas dinâmicas, diálogos e partilhas deste percurso sinodal.</span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>A leitura que faço é uma leitura pessoal. Não escrevo em representação do grupo.</span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #990000;">Quem somos e de onde vimos</span></b></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>O grupo, que começamos por designar “grupo de cristãs e cristãos de Braga e Guimarães”, iniciou o seu percurso sinodal em janeiro de 2022.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Integra mulheres e homens dos meios operários e intelectuais, com profissões nas industrias têxteis, no comércio, nos serviços, na educação e ensino superior, que partilham na sua trajetória de vida cristã e cívica a pertença a movimentos específicos da Ação Católica dos meios operários e estudantis.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Tiveram e têm responsabilidades de diferentes naturezas na vida da comunidade eclesial, movimentos e associações sociais e eclesiais diversas, no movimento sindical, mas por diversas circunstâncias, encontram-se, na sua maioria, afastados/desligados de algumas dinâmicas paroquiais.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Este grupo contribuiu ativamente no apelo à escuta, através da reflexão, do envio da síntese para a diocese e da participação e intervenção nas Assembleias Sinodais.</span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Em 2023 decidimos, identificar o grupo com o nome “nós entre nós”.</span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span> </span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #990000;">Origens deste grupo</span></b></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Começamos por nos sentir preocupados pela apatia, desinteresse, silêncio, da maioria dos cristãos, das muitas paróquias da diocese, dos próprios párocos, e mesmo de alguns responsáveis diocesanos, que pareciam mostrar-se mais preocupados em falar das regras e dos cuidados com esta consulta ao Povo de Deus, em contraste com a dinâmica do caminho sinodal da escuta e do discernimento que esta escuta ao Povo de Deus e aos homens de boa vontade poderia proporcionar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>A dinâmica da diocese parecia mais focada numa auscultação ao interior da Igreja, que foi o que acabou por acontecer, e o anterior arcebispo tinha mesmo dito não ser necessário a realização de assembleias sinodais na diocese.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Ao mesmo tempo, cada um de nós sentia a interpelação e o apelo constante do Papa Francisco e pensávamos o quão oportuna podia ser esta escuta sinodal para um olhar mais renovado e uma leitura dos sinais dos tempos mais atualizada, na Igreja e na sociedade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>O impulso vinha-nos também do testemunho evangélico e profético, do Papa Francisco, manifestado em tantas atitudes de encontro, de escuta, de pedidos de perdão, de humildade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Destas preocupações, interpelações e da vontade de realizar este percurso sinodal como grupo, começamos por refletir e partilhar uns com os outros:</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>1º – Um olhar à nossa fé em Jesus Cristo e à Igreja a que pertencemos;</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>2º – Como imaginamos/sonhamos a igreja, e o que seria capaz de nos mobilizar;</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #990000;">Salientamos nas respostas que surgiram:</span></b></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>O sonho de que junto com outros crentes poderíamos protagonizar o renascer de uma Igreja mais reconhecida e identificada no Evangelho da Alegria, das Bem-aventuranças, encarnada na vida das pessoas, nas suas alegrias e esperanças, angústias e sofrimentos;</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Uma Igreja acolhedora e determinada na valorização e concretização do caminho sinodal;</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Reconhecedora do valioso contributo das mulheres em toda a dinâmica eclesial e na sociedade;</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Uma Igreja sem clericalismo, abusos de poder, transparente nas decisões e na gestão dos recursos económicos e financeiros; aberta à escuta, que aceita rever e atualizar a linguagem, a forma de comunicar destes novos tempos; mais dialogante e atenta ao Espírito e aos Sinais dos Tempos;</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Uma igreja de comunidades e paróquias pautadas pela cultura do encontro, do acolhimento e da escuta de todos, sem exceção, valorizando movimentos eclesiais, catequese, formação continua, com conselhos paroquiais vivos e dinâmicos.</span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span> </span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #990000;">Os nossos encontros e intervenções</span></b></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Com reuniões mensais ou bimensais regulares, quase sempre online, conseguimos organizar um jantar presencial para estimular o convívio e os laços de amizade entre todos nós.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Participamos, entre outras, na primeira Assembleia Sinodal Diocesana, onde todos os membros do grupo intervieram apresentando as lacunas da síntese apresentada e o que, a nosso ver, faltava incluir. Foram intervenções diversificadas, que junto com outras intervenções, melhoraram a síntese final.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Tivemos um encontro, como grupo sinodal, com o arcebispo, Dom José Cordeiro, que nos acolheu bem, nos escutou e nos animou a continuar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Realizamos um encontro público sobre os abusos de poder na Igreja e fora dela, na Igreja dos Congregados, tendo como intervenientes Ana Nunes de Almeida que tinha integrado a Comissão Independente para o estudo dos abusos sexuais na Igreja, Liliana Rodrigues, investigadora e ativista feminista, e Teresa Toldy, teóloga, que faz parte deste grupo sinodal, Este encontro púbico, apesar de alguns contratempos, foi considerado positivo, pelas intervenções e pelo diálogo que se seguiu.</span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span> </span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #990000;">O agora e o futuro</span></b></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Temos um plano com algumas ideias do que pretendemos deste grupo e do que nos propomos fazer:</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Pretendemos, entre outras: continuar a fazer este caminho sinodal; congregar outras pessoas; ser ponte entre os que estão nas margens ou fora dela e os que estão na Igreja; a fazer parte da Igreja em saída; a acolher, dialogar e acompanhar todas as pessoas, dentro e fora da Igreja;</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Propomo-nos, entre outras: trabalhar para e com as fronteiras, dar visibilidade a quem está nas fronteiras; a dialogar com setores não cristãos; a dialogar com outras realidades; a procurar caminhos de inclusão; realizar atividade publicas, criar espaços de conversas, silêncio, musicais, poesia, oração;</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Neste momento, estamos a refletir as propostas de resposta ao Relatório da 1ª Assembleia Sinodal, um relatório que nos pareceu bem conseguido, com sugestões bem pertinentes e conformes com as constatações e desafios da escuta ao Povo de Deus. Sublinhamos o ponto 4, os pobres, protagonistas do caminho da Igreja; o ponto 8, a Igreja é missão; o 9, as mulheres na vida e na missão da Igreja; e outros que nos ajudam a nós e às comunidades eclesiais a continuar a dar vida a este percurso sinodal.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Algumas questões que teremos de ter em conta: Como melhorar os caminhos da escuta? Daqueles e daquelas que continuam sem ter voz na Igreja; dos que são vitimas de abusos de poder; dos que têm medo de denunciar; dos que se sentem marginalizados e estigmatizados dentro da Igreja; como escutar as margens dos meios sociais, políticos e ambientais, destes tempos; como escutar o mundo do trabalho, os protagonistas do trabalho indiferenciado ou qualificado; como escutar os imigrantes e os refugiados;</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Como poderemos gerir e melhorar os nossos encontros, que maioritariamente se têm realizado por Zoom, com mais vontade de os fazer face a face? Como aprender ou reaprender a deixar que as nossas ideias, as ideias de cada um, se deixem trabalhar pelo Espírito Santo, como nos é constantemente sugerido neste percurso sinodal? Como podemos acolher e encarnar os desafios e os estilos de vida que nos são propostos no relatório da Assembleia de outubro?</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Termino com uma frase do poema “guardador de rebanhos” de Alberto Caeiro, </span><span>“Pensar incomoda como andar à chuva, quando o vento cresce e parece que chove mais…”</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span>Pensar incomoda-nos, mas desinstala-nos, pensar é preciso, escutar é preciso e é essencial em cada tempo e em cada momento. Pensar e agir são precisos e essenciais para prosseguirmos em Igreja Sinodal.»</span></div></span></span></div>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-92178027232104678192024-02-19T17:32:00.007+00:002024-02-19T17:33:26.750+00:00A Quaresma é um tempo para intensificar a oração. Sugestões para incentivar as crianças e os adolescentes para a oração<div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi15A_24JjezWNQ8ohErX56Ix5pTnqL6UJh_ADsPPbehdBOryp0X3WLhUgsq6-PpQeCnpjsfFzHluXTKQqTj5RTqyRYeyP12Ks9cF2HVqx80M_vzewu19xrNibpU-lh4_TfOquiTDTA5-xnyZG_QhTQPvG6IGRXJQ9vMBTMP3i3eSFHrZD837gN6I5u4FKd/s2048/jesus%20chama-te.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1612" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi15A_24JjezWNQ8ohErX56Ix5pTnqL6UJh_ADsPPbehdBOryp0X3WLhUgsq6-PpQeCnpjsfFzHluXTKQqTj5RTqyRYeyP12Ks9cF2HVqx80M_vzewu19xrNibpU-lh4_TfOquiTDTA5-xnyZG_QhTQPvG6IGRXJQ9vMBTMP3i3eSFHrZD837gN6I5u4FKd/w504-h640/jesus%20chama-te.jpg" width="504" /></a></div>A Quaresma é um tempo para intensificar a oração. Sugestões </span><span>para incentivar as crianças e os adolescentes para a Oração:</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Rezar uma oração conhecida ou construir uma frase dirigida a Jesus no caminho para a escola</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><i>ou</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Escolher uma pessoa em cada dia e rezar por ela.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><i>ou</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Ir para a cama cinco minutos mais cedo e passar esse tempo a conversar com Deus.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><i>ou</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Pesquisar o nome do santo padroeiro da sua paróquia e aprender sobre a vida dele.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><i>ou</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Aceder a um site com as leituras de cada dia - por exemplo: https://www.liturgia.pt. Ler e escolher uma frase para ir pensando nela ao longo do dia.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><i>ou</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Ler a biografia de uma criança ou de um adolescente santo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: right;"><span style="color: #990000; font-family: inherit;"><b>Podem partilhar connosco outras sugestões, escrevendo para</b></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: inherit;"><a href="mailto:fraternitasmovimento@gmail.com">fraternitasmovimento@gmail.com</a></span></div></span></div>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-1605586073329595002024-02-15T17:59:00.002+00:002024-02-15T17:59:44.515+00:00Como é que o evangelista São Marcos concebe Satanás no seu Evangelho<div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9NmOT8-KOLVaMA3rsp8wsouB9u6Ew_Aj7DcgLnD8nqO5ZHdP8qEIqyKYEKlgCEF7ujtPoZTMl6_8oH-fdvTlh6oFDJHlf7WOIWYyt4S9IDnjUxKUeIJFTYtRlQOL38GI9iTG44lveMKXP-0rJyuZZtbDgeVQjma96lP-7GAw99JilAAXvrKt8JdpQNF6H/s768/articulos-2014030601.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="526" data-original-width="768" height="438" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9NmOT8-KOLVaMA3rsp8wsouB9u6Ew_Aj7DcgLnD8nqO5ZHdP8qEIqyKYEKlgCEF7ujtPoZTMl6_8oH-fdvTlh6oFDJHlf7WOIWYyt4S9IDnjUxKUeIJFTYtRlQOL38GI9iTG44lveMKXP-0rJyuZZtbDgeVQjma96lP-7GAw99JilAAXvrKt8JdpQNF6H/w640-h438/articulos-2014030601.jpg" width="640" /></a></div>Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos <span style="text-align: left;">(Mc 1, 13)</span>: «Naquele tempo, o Espírito Santo impeliu<span style="color: #ffa400;">*</span> Jesus para o
deserto. Jesus esteve no deserto quarenta dias e era tentado por Satanás.»</span></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><b><div style="text-align: justify;"><b><span style="color: #990000;">Quem é Satanás?</span></b></div></b><div style="text-align: justify;">Adornamos este personagem com tantos elementos (incluindo
chifres e cauda) que vale a pena deixar claro como é que o evangelista São Marcos
o concebe.</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><b><div style="text-align: justify;"><b><span style="color: #990000;">São Marcos usa o nome de Satanás cinco vezes:</span></b></div></b><div style="text-align: justify;">- Mc 1, 13: E ficou no deserto quarenta dias. Era tentado
por <i>Satanás</i>, estava entre as feras e os anjos serviam-no.</div><div style="text-align: justify;">- Mc 3, 23.26: Então, Jesus chamou-os e disse-lhes em
parábolas: «Como pode Satanás expulsar <i>Satanás</i>? Se, portanto, <i>Satanás</i>
se levanta contra si próprio, está dividido e não poderá subsistir; é o seu
fim.</div><div style="text-align: justify;">- Mc 4, 15: Os que estão ao longo do caminho são aqueles em
quem a palavra é semeada; e, mal a ouvem, chega <i>Satanás</i> e tira a palavra
semeada neles.</div><div style="text-align: justify;">- Mc 8, 33: Jesus, voltando-se e olhando para os discípulos,
repreendeu Pedro, dizendo-lhe: «Vai-te da minha frente, <i>Satanás</i>, porque
os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens.»</div><div style="text-align: justify;">E esta personagem desaparece na segunda parte do Evangelho (capítulos
9 a 16). Curiosamente, a última vez que Satanás é mencionado não se refere ao
diabo, mas ao apóstolo Pedro, que quer separar Jesus da paixão e da cruz.</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: bold;"><span style="color: #990000;">Satanás, nas cinco vezes em que Marcos o refere, é o símbolo
da oposição ao plano de Deus<span style="font-weight: normal;">.</span></span></span> Satanás quer desviar Jesus do caminho que Deus
traçou para ele no Batismo: fazê-lo esquecer a comunicação íntima com o Pai; fazê-lo
odiar os pobres e aflitos, parar de consolar os tristes, deixar anunciar a boa
nova. Ou, como Pedro fará, pedir-lhe que cumpra a sua missão, mas sem pensar na
cruz ou no sofrimento.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">*</span> <span style="text-align: left;">Na Bíblia, é o Espírito que impele os mensageiros de Deus (juízes, profetas) a cumprirem a missão que Ele lhes confia.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: right;">José Luís Sicre, em <a href="https://elevangeliodeldomingojlsicre.blogspot.com/" target="_blank">Evangelio del Domingo</a></div></span></div><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
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<p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-50560795686336073672024-02-15T16:55:00.007+00:002024-02-15T16:56:23.537+00:00Na boca de Jesus, o verbo «converter» (em grego) significa «rever o foco da vida»<div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; font-size: xx-large; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1je_ptxQVn6JGcSIhM-jli5viM7wSYCyXtw7Ih7VR6zQVxNluWaFnGdRNnJwYf6F5lceFQDgfG5nnIkcyTr1a0p7AKitik0QmW7VAKqZHvBJi3c30sWPfDP3VpFjZGRh188sA_Z24zninzztESAQ-QekKhoyiw7o4Q9M1bS8AryjQsiQ6_jsPmpo300OO/s1430/f334809926e4ccbc88a39c12bfe2978f.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1252" data-original-width="1430" height="560" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1je_ptxQVn6JGcSIhM-jli5viM7wSYCyXtw7Ih7VR6zQVxNluWaFnGdRNnJwYf6F5lceFQDgfG5nnIkcyTr1a0p7AKitik0QmW7VAKqZHvBJi3c30sWPfDP3VpFjZGRh188sA_Z24zninzztESAQ-QekKhoyiw7o4Q9M1bS8AryjQsiQ6_jsPmpo300OO/w640-h560/f334809926e4ccbc88a39c12bfe2978f.jpg" width="640" /></a></div><span style="font-size: large;">Jesus partiu para a Galileia e começou a pregar o Evangelho, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho.»</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-size: large;">Evangelho segundo São Marcos (Mc 1, 12-15)</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div style="text-align: justify;">O que podem dizer estas palavras «Convertei-vos, pois está próximo o reino de Deus»<span style="font-family: inherit;"> a um homem e mulher dos nossos dias? </span></div></span><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Para começar, <b><span style="color: #990000;">o verbo grego que se traduz por «converter»</span></b> na verdade <b><span style="color: #990000;">significa</span></b> «pôr-se a pensar», «<b><span style="color: #990000;">rever o foco da nossa vida</span></b>», «reajustar a perspetiva». </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="color: #990000;">As palavras de Jesus poderiam ser ouvidas assim</span></b>: «<b><span style="color: #990000;">Vejam se não têm de rever e reajustar algo na vossa maneira de pensar e de agir</span></b> para que se cumpra em vocês o projeto de Deus de uma vida mais humana».</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Se isto é assim, <b><span style="color: #990000;">o primeiro que há a rever é</span></b> aquilo que bloqueia a nossa vida. Converter-se é «libertar a vida», eliminando medos, egoísmos, tensões e escravidões que nos impedem de crescer de forma saudável e harmoniosa. A conversão que não produz paz e alegria não é autêntica. Não nos está a aproximar do reino de Deus.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">T<b><span style="color: #990000;">emos então de verificar se estamos a</span></b> cuidar bem das raízes. As grandes decisões não servem de nada se não alimentamos as fontes. Não nos é pedido uma fé sublime nem uma vida perfeita; só que vivamos confiando no amor que Deus nos tem. Converter-se é aprender a viver acolhendo o reino de Deus e a sua justiça. Só então poderá começar em nós uma verdadeira transformação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="color: #990000;">A vida nunca é plenitude ou êxito total. Temos de aceitar o que</span></b> está «inacabado», o que nos humilha, o que não podemos corrigir. O importante é manter o desejo, não ceder ao desânimo. Converter-se não é viver sem pecado, mas aprender a viver do perdão, sem orgulho nem tristeza, sem alimentar a insatisfação com o que deveríamos ser e não somos. Assim diz o Senhor no livro de Isaías: «Pela conversão e pela calma sereis libertados» (Is 30, 15).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: inherit;">José Antonio Pagola, em <a href="https://www.gruposdejesus.com/1-quaresma-b-marcos-112-15-3/" target="_blank">Grupos de Jesus</a></span></div></span></div>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-6514508368257525142024-02-13T11:51:00.034+00:002024-02-28T10:21:48.658+00:0049.º Encontro Nacional da Fraternitas está agendado para os dias 26, 27 e 28 de abril próximo<div style="background-color: white; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;"><div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHobVpNIyOLKyNOMqfpYFIvcSONLahQki0WtC8XclMbFTIcxd576v-4fAEaqGvZjUOGxEKBD7wtZfq8LmKsTxL6xIhrm8UnXycrHUFmW04yYGVRIYL4BDmqohOj5nELtb77CzlWTlj-lEhSwymaoHo750ai16gHWAf8IEhDXezU22bCNP1qFKE1-QySbaL/s2488/E49%20en.tif" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1390" data-original-width="2488" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHobVpNIyOLKyNOMqfpYFIvcSONLahQki0WtC8XclMbFTIcxd576v-4fAEaqGvZjUOGxEKBD7wtZfq8LmKsTxL6xIhrm8UnXycrHUFmW04yYGVRIYL4BDmqohOj5nELtb77CzlWTlj-lEhSwymaoHo750ai16gHWAf8IEhDXezU22bCNP1qFKE1-QySbaL/w640-h358/E49%20en.tif" width="640" /></a></div>O <b style="color: #222222;"><span style="color: red;">49.º Encontro Nacional da Fraternitas</span></b> vai realizar-se nos <b style="color: #222222;"><span style="color: red;">dias 26, 27 e 28 de abril</span></b> próximo.</span></div></div><div style="background-color: white; color: #222222; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></span></div><div style="background-color: white; color: #222222; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">O programa é o seguinte:</span></span></div><div style="background-color: white; color: #222222; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></span></div><div style="background-color: white; color: #222222; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="color: red;">Dia 26 (sexta-feira)<br /></span></b></span><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">20h00 – Jantar, antecedido de acolhimento.<br /></span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">21h15 – Serão: partilha de vida. Tertúlia<br /></span></span><span class="selectable-text copyable-text"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Dia 26 (sexta-feira)<br /></span></span><span class="selectable-text copyable-text"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">20h00 – Jantar, antecedido de acolhimento.<br /></span></span><span class="selectable-text copyable-text"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">21h15 – Serão: partilha de vida. Tertúlia<br /></span></span><span class="selectable-text copyable-text"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></span></div><div style="background-color: white; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;"><span class="selectable-text copyable-text"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="color: #cc0000;">Dia 27 (sábado)</span></b><br /></span></span><span class="selectable-text copyable-text" style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">8h30 – Pequeno-almoço<br /></span></span><span class="selectable-text copyable-text" style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">9h00 – Oração da manhã<br /></span></span><span class="selectable-text copyable-text" style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">10h00 – Primeira reflexão, com padre João Caniço, jesuíta, que vai falar da experiência sinodal na paróquia do Lumiar em Lisboa e do Sínodo em geral<br /></span></span><span class="selectable-text copyable-text" style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">11h30 – Diálogo<br /></span></span><span class="selectable-text copyable-text" style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">13h00 – Almoço<br /></span></span><span class="selectable-text copyable-text" style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">15h00 – Segunda reflexão, com padre Carlos Nunes, missionário comboniano do Coração de Jesus, que vai falar sobre como a Igreja na Zâmbia e no Maláui, África, onde esteve como missionário, responde com sinodalidade aos desafios que surgem<br /></span></span><span class="selectable-text copyable-text" style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">16h00 – Diálogo<br /></span></span><span class="selectable-text copyable-text" style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">17h30 – Terceira reflexão, ainda com padre Carlos e diálogo com Francisco Monteiro e comissão que está a elaborar documento sobre «A Mulher na Igreja»<br /></span></span><span class="selectable-text copyable-text" style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">18h30 – Diálogo<br /></span></span><span class="selectable-text copyable-text" style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">19h30 – Jantar<br /></span></span><span class="selectable-text copyable-text" style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">21h15 – Serão: partilha de vida. Tertúlia</span></span></div><div style="background-color: white; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;"><span class="selectable-text copyable-text"><span style="color: #cc0000; font-family: inherit; font-size: large;"><b><br /></b></span></span><span class="selectable-text copyable-text"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="color: #cc0000;">Dia 28 (domingo)</span></b><br /></span></span><span class="selectable-text copyable-text" style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">8h30 – Pequeno-almoço<br /></span></span><span class="selectable-text copyable-text" style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">9h00 – Oração da manhã<br /></span></span><span class="selectable-text copyable-text" style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">9h15 – Assembleia Geral (segundo Convocatória)<br /></span></span><span class="selectable-text copyable-text" style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">12h00 – Eucaristia, presidida por Frei Fernando Ventura, franciscano capuchinho<br /></span></span><span class="selectable-text copyable-text" style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">13h00 – Almoço</span></span></div><div style="background-color: white; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;"><span class="selectable-text copyable-text" style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></span><b style="color: #222222;"><span style="color: red;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Lugar<br /></span></span></b><b style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Casa dos Capuchinhos<br /></span></b><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Avenida Beato Nuno, 405<br /></span></span><span style="color: #222222; font-family: inherit; font-size: large;">FÁTIMA<br /></span><span style="color: #222222; font-family: inherit; font-size: large;">Telefone: 249 539 390</span></div><div style="background-color: white; color: #222222; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="background-color: white; color: #222222; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;"><b><span style="color: red;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Tema</span></span></b></div><div style="background-color: white; color: #222222; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como aplicar na nossa paróquia o sínodo?</span></b></div><div style="background-color: white; color: #222222; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="background-color: white; color: #222222; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;"><b style="color: red;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Preços e inscrições</span></b></div><div style="background-color: white; color: #222222; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;"><div style="color: black; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><u>Contactar</u> - </b>Serafim Sousa, secretário da Fraternitas: telemóvel <b>933 522 247</b></span></div><div style="color: black; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><u>Indicar</u> </b>número de pessoas, nomes, tipo de alojamento (quarto individual, duplo ou triplo), número de refeições e se tem algum tipo de dieta.</span></div></div>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-23450875900546618072024-02-12T17:27:00.005+00:002024-02-12T17:28:00.717+00:00Orar a Deus e agir como Igreja em favor dos doentes e dos aflitos<div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlW2PpR26o-GAKcR_fuOEV6tzTocKq42P0hBWpniWLD0VktoATrqKR4lvnmHiDNFi0tLjYZ1K49UVmPTFSENWbdeD0eRY473WtFA9fnKwYQmwsChHVCwxCIboKibG7J5io3TcrMptkVmgwv-sJb_FcNk3wRrdM0E3oPi36DDZAKtPDoA169x_3-3ywInXI/s700/amar-a-Dios-y-a-los-hermano.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="541" data-original-width="700" height="494" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlW2PpR26o-GAKcR_fuOEV6tzTocKq42P0hBWpniWLD0VktoATrqKR4lvnmHiDNFi0tLjYZ1K49UVmPTFSENWbdeD0eRY473WtFA9fnKwYQmwsChHVCwxCIboKibG7J5io3TcrMptkVmgwv-sJb_FcNk3wRrdM0E3oPi36DDZAKtPDoA169x_3-3ywInXI/w640-h494/amar-a-Dios-y-a-los-hermano.jpg" width="640" /></span></a></div><span style="font-size: x-large;">Irmãos e irmãs, o grito desesperado chega até ao trono de Deus e a queixa do pobre é escutada no seu coração misericordioso e atento. Nesta fé, rezemos ao Senhor por todas as angústias humanas.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-large;"><br /></span></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="color: #990000;">Senhor</span></b>, não perdes de vista a tua Igreja santa e pecadora, peregrina sobre a Terra. Tu a ajudas a ser imagem credível do teu amor por toda a Obra que criaste. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="color: #0b5394;">Igreja</span></b>, agarra a mão estendida de Deus e deixa que Ele te renove no amor quotidiano e a todos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="color: #990000;">Senhor</span></b>, não ficas longe dos que põem em Ti a sua confiança. Mostras-Te presente junto deles.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #0b5394;"><b>Igreja</b></span>, estende a tua mão e atende os que confiam no Senhor. Tu és o anjo que Deus envia em resposta às suas orações</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="color: #990000;">Senhor</span></b>, não ficas mudo diante dos que Te imploram. Falas ao seu coração desesperado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="color: #0b5394;">Igreja</span></b>, estende a tua mão e pacifica </span>os aflitos<span style="font-family: inherit;">, com a paz de Deus que vence os medos e dá coragem.</span></div></span><span style="font-size: large;"><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="color: #990000;">Senhor</span></b>, não desvias a tua atenção das queixas que os pobres Te apresentam. Olha para a sua marginalização dolorosa.</span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-family: inherit;"><span style="color: #0b5394;">Igreja</span></b><span style="font-family: inherit;">, estende a tua mão e acolhe os pobres, os aleijados, os </span>marginalizados<span style="font-family: inherit;">, na mesa que Deus prepara.</span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="color: #990000;">Senhor</span></b>, não fechas os ouvidos ao grito dos infelizes. Ouves a oração dos que sofrem no seu corpo e no seu coração.</span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="color: #0b5394;">Igreja</span></b>, estende a tua mão e cura os doentes, para quem a enfermidade é sinal de afastamento de Deus, é maldição.</span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="color: #990000;">Senhor</span></b>, não Te afastas dos pecadores que nós somos, revelando o teu amor. Estendes a tua mão e perdoas-nos.</span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="color: #0b5394;">Igreja</span></b>, que beneficias do perdão de Deus - perdão obtido pela entrega </span>de Jesus <span style="font-family: inherit;">até à morte -, perdoa como és perdoada.</span></div></span><span style="font-size: large;"><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Pai de todos, o teu amor é eterno e imutável. Não deixes a meio a obra da tua bondade que em nós começaste, mas leva-a a bom termo, para tua glória e salvação de todos.</span></div></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Adaptação</span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">da oração proclamada na Paróquia Nossa Senhora de Fátima,</span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Ponta Delgada, Açores, 11 de fevereiro de 2024</span></div>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-49750855810110421592024-02-08T18:28:00.005+00:002024-02-08T18:28:38.162+00:00O poder do Toque de Jesus Cristo<div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJg6XDVk2vWHPvd4In1FDRusgXuk6tWOUWr86Q_wW6x9fkYIFym2ZBVxTTIlp1Txq96zNdlSMStaS7NFHULxXLp3FZIXtRGb30smVMk5gJT7xo27BWkGtOOotrKFYkrYv65-Q7lbQ5uXYFTDJfc0ORQhZ96pLLK66qNmFpTYQhS7T3eAGZ4E7XHr6GcOid/s815/maos-de-jesus.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="815" data-original-width="800" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJg6XDVk2vWHPvd4In1FDRusgXuk6tWOUWr86Q_wW6x9fkYIFym2ZBVxTTIlp1Txq96zNdlSMStaS7NFHULxXLp3FZIXtRGb30smVMk5gJT7xo27BWkGtOOotrKFYkrYv65-Q7lbQ5uXYFTDJfc0ORQhZ96pLLK66qNmFpTYQhS7T3eAGZ4E7XHr6GcOid/w628-h640/maos-de-jesus.jpg" width="628" /></a></div>O impressionante das curas de Jesus não é que Ele realize um
gesto milagroso, uma ação que parece quebrar as leis da natureza ou questionar
as razões da ciência. A força das curas de Jesus reside na sua capacidade de
favorecer um encontro íntimo que permite à pessoa ferida pelo sofrimento
reconstruir a sua vida e encontrar-se com Deus que a acompanha neste processo.</span></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><span> </span></div><div style="text-align: justify;"><span>No mundo antigo, a doença não era tanto uma questão médica,
mas uma questão social. Qualquer pessoa que sofresse de qualquer doença ou
deficiência era considerada impura e, portanto, excluída da vida do grupo (Livro
do Levítico 21, 16-24).</span></div><o:p><div style="text-align: justify;"><span> </span></div></o:p><div style="text-align: justify;"><span>Jesus, porém, aproxima-se e cura através da sua palavra e do
seu toque. Jesus coloca a vontade libertadora e restauradora de Deus na sua
ação. De facto, os Evangelhos não sublinham a natureza maravilhosa dos seus
sinais e curas, mas antes o convite a descobrir Deus neles.</span></div><o:p><div style="text-align: justify;"><span> </span></div></o:p><div style="text-align: right;"><span>Carme Soto Varela, em </span><a href="https://www.feadulta.com/es/comentcol4.html" target="_blank">Fé Adulta</a></div></span></div><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-61784250859602812022024-02-08T17:48:00.006+00:002024-02-08T17:50:14.731+00:00O leproso tornou-se missionário de Jesus Cristo<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXhlgWWJJQesl2kCJnYNhuZW37BGelvadQ0ib72RWjwOhhgd4S0D1S238WD9DjcA0hIEQJlOIXJPu5YX4rbeL8L3xcEx49lyIem8A96gqSbLGuiLAd6qjP8f8PVE67omLNv75CFZcSX099i6tjDVZHLX3V0z05lATnXXJtMeyiXoyjR0EZNd6Tb-gXkLKH/s1710/DIBU-14-FEBRERO-2021-COLOR-texto.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1446" data-original-width="1710" height="542" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXhlgWWJJQesl2kCJnYNhuZW37BGelvadQ0ib72RWjwOhhgd4S0D1S238WD9DjcA0hIEQJlOIXJPu5YX4rbeL8L3xcEx49lyIem8A96gqSbLGuiLAd6qjP8f8PVE67omLNv75CFZcSX099i6tjDVZHLX3V0z05lATnXXJtMeyiXoyjR0EZNd6Tb-gXkLKH/w640-h542/DIBU-14-FEBRERO-2021-COLOR-texto.jpg" width="640" /></a></div>O relato da cura de um leproso no Evangelho de Marcos é
composto por seis elementos: pedido do leproso; reação de Jesus; resultado;
aviso; reação do curado; consequências.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="color: #990000;">Relato do Evangelho de Marcos</span></b><br />Marcos 1, 40-45: Naquele tempo, veio ter com Jesus um
leproso. Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes curar-me.»
Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse: «Quero: fica limpo». No
mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo. Advertindo-o severamente,
despediu-o com esta ordem: «Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao
sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de
testemunho». Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que
acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade.
Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte.<br />Palavra da salvação.<br /><o:p> <br /></o:p><b><span style="color: #990000;">O pedido do leproso</span><br /></b>Três pormenores são importantes na atitude do leproso:<br />1) não cumpre a lei que o proíbe de se aproximar das outras
pessoas;<br />2) ajoelha-se diante de Jesus, sinal de profundo respeito;<br />3) confia plenamente no seu poder; tudo depende do querer de
Jesus e não do seu poder.<br /><o:p> <br /></o:p><b><span style="color: #990000;">A reação de Jesus</span><br /></b>Ele poderia ter respondido ao pedido do leproso com as
simples palavras: "Eu quero, fica limpo". Mas, antes de demonstrar o
seu poder, Jesus mostra a sua compaixão: «Compadecido, estendeu a mão,
tocou-lhe e disse: “Quero: fica limpo”.»<br /><o:p><br /></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000; font-family: inherit; font-size: large;"><o:p><b>Resultado</b></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Logo que Jesus falou, o homem ficou limpo da lepra.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><o:p> <br /></o:p><b><span style="color: #990000;">Advertência</span><br /></b>Aparentemente, Jesus dá duas ordens ao homem recém-curado:<br />1) que não conte a ninguém;<br />2) que se apresente ao sacerdote.<br />A primeira (não dizer a ninguém) é estranha, porque Jesus
não pretende passar despercebido. É provável que as duas ordens estejam
relacionadas entre si, formando uma só: «Não te demores a dizer a ninguém, mas
vai apresentar-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés
ordenou.»<br /><o:p> <br /></o:p><b><span style="color: #990000;">A reação do homem curado</span><br /></b>Não obedece a nenhuma das ordens de Jesus. Não se cala, nem
vai ter com o sacerdote. Como se, em vez de seguir a ordem de Moisés,
preferisse tornar-se um missionário cristão.<br /><o:p> <br /></o:p><b><span style="color: #990000;">Consequências</span><br /></b>Jesus não pode entrar abertamente em nenhuma aldeia. Tem de
ficar à vista de todos e, no entanto, eles vêm ter com ele. Porquê esta reação?
Sabendo o que Marcos nos diz mais tarde, a resposta seria: para não se deixar
dominar pela multidão que vêm ter com ele.<br /><o:p> <br /></o:p><b><span style="color: #990000;">Uma leitura simbólica: o leproso é cada um de nós</span><br /></b>Os relatos do Evangelho são sempre muito simbólicos. Querem
que nos identifiquemos com a situação que narram. Neste caso, com o leproso.
Todos nós trazemos dentro de nós algo, muito ou pouco, de que nos sentimos
culpados. Podemos recusar-nos a admiti-lo, ou podemos reconhecê-lo e,
humildemente, voltarmo-nos para Jesus, dizendo-Lhe: «Se quiseres, podes
curar-me.» Ele tem o poder e a compaixão para mudar as nossas vidas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">José Luis Sicre, em <a href="https://www.feadulta.com/es/buscadoravanzado/item/15619-poder-y-compasion.html" target="_blank">Fé Adulta</a></span></div><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-91510785201411487942024-02-08T11:20:00.004+00:002024-02-08T11:21:33.721+00:00As chagas de Jesus Cristo em São Francisco de Assis deram-lhe a certeza de ter vivido a letra e o espírito do Evangelho<div style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWK7ZoFfca42PbMMdwOSg1KhjZtkCGphv1woBzeP0JK3u-Jt54haqiKp6ZLow-dnGQKsS1EnKhi_QxJO4UFXk6-v83I-CCcp1jTMvzOC50z0njem8IoQTcUhxlrKtWrtGdhcVsfY3l5Bvkw-eeoFqDFTuZ5sikdRjUswwGH4iHvE6r_2hcng4m0HDPYwXA/s1083/6144685ef20c7d09b42b38c1_IMG-20210522-WA0046.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1083" data-original-width="1078" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWK7ZoFfca42PbMMdwOSg1KhjZtkCGphv1woBzeP0JK3u-Jt54haqiKp6ZLow-dnGQKsS1EnKhi_QxJO4UFXk6-v83I-CCcp1jTMvzOC50z0njem8IoQTcUhxlrKtWrtGdhcVsfY3l5Bvkw-eeoFqDFTuZ5sikdRjUswwGH4iHvE6r_2hcng4m0HDPYwXA/w638-h640/6144685ef20c7d09b42b38c1_IMG-20210522-WA0046.jpg" width="638" /></a></div>Com o lema «Das feridas à vida nova», os Franciscanos deram
início no passado dia 5 de janeiro às celebrações do oitavo Centenário dos Estigmas
de São Francisco de Assis.</span></div><div style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br />Duas realidades acompanharam a vida de São Francisco: «O doce e o amargo», expressão usada pelo próprio, no seu Testamento
espiritual, ao relatar o encontro com o leproso no início da sua conversão. São
anos amargos que Francisco vive, de 1220 a 1224, no interior da fraternidade. Em 1223, com a autoridade da sua coerência de vida,
Francisco escreve o texto da <i>Regra </i>que viria a ser aprovada com bula papal a 29
de novembro do mesmo ano. Estes tempos difíceis despertam em Francisco um grande
desejo de silêncio e de contemplação.</span></div><div style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br />Em 1224, o Santo de Assis sobe ao monte Alverne, e por
ocasião da festa da Exaltação da Santa Cruz, estando ele a fazer uma quaresma
em honra de São Miguel Arcanjo, mergulhado em profunda oração e com o desejo de
sentir no seu próprio corpo as dores do Crucificado na hora da Sua Paixão, vê
pairar sobre ele a figura de um Serafim de seis asas, que o inunda de uma dor
profunda e ao tempo de uma inefável alegria.</span></div><div style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br />Sem perceber com a inteligência as razões daquela visão,
Francisco sentiu uma ardente alegria de coração, enquanto no seu corpo
começaram a aparecer os sinais dos cravos de Jesus Crucificado. É também por isto que São Francisco foi intitulado de
“Alter Christus” (<i>um outro Cristo</i>).</span></div><div style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br />Na sua juventude despertou para a sua vocação e missão ao
ouvir a voz do Crucifixo de São Damião, agora dois anos antes da sua morte, vem
o mesmo Crucificado, carimbar o seu frágil corpo com as Chagas do Senhor.
Apoderou-se então de Francisco a certeza de ter vivido sempre a letra e o
espírito do Santo Evangelho. Com o seu ser carismático e a sua vida de profeta,
Francisco saiu do mundo e entrou num mundo novo, converteu-se, mudou a sua vida,
optou por Cristo Pobre e Crucificado.</span></div><div style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /><b><span style="color: #990000;">A nossa sociedade precisa de propostas carismáticas para
aproximar Cristo da Humanidade</span></b></span></div><div style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: inherit;">Como olhamos hoje para a Cruz de Cristo? </span><span style="font-family: inherit;">Vemos nela a
expressão do amor livre de Deus?</span></span></div><div style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como renovar as nossas vidas, conhecendo, aceitando e
integrando as nossas limitações?</span></div><div style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como evitar a superficialidade com que olhamos
para temas, como a ecologia, a paz, a fraternidade e a justiça?</span></div><div style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">O que sabemos
sobre conflitos e das suas resoluções, dos desafios ecológicos e das agressões climáticas?</span></div><div style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Qual o nosso empenho em atuar sobre as causa da pobreza, da
mobilidade humana, dos fluxos migratórios, das políticas de segurança e as
guerras em tantas regiões do mundo?</span></div><div style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br />Como me identifico com o mistério da Vida, Morte e da
Ressurreição de Jesus?<br /><br /></span></div><div style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como expresso a minha solidariedade com os crucificados e
os excluídos que me cercam?</span></div><div style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /><span style="background-color: white; text-align: justify;">A figura do “leproso” no século XIII é a figura de todos os
descartados do século XXI: a África esquecida, os idosos abandonados, países
divididos, a limitação do acolhimento a refugiados e migrantes, em todos estes
sangram continuamente as Chagas de Cristo.</span></span></div><div style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="background: white; margin: 0cm; text-align: right;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Frei Álvaro Cruz da Silva, Ordem dos Frades Menores (OFM),</span></div><div style="background: white; margin: 0cm; text-align: right;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-large;">artigo conjunto da </span><a href="https://missaopress.pt/" style="font-family: inherit; font-size: x-large;" target="_blank">Missão Press</a></div>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2128357680187386761.post-90389508603542294092024-02-07T11:28:00.005+00:002024-02-07T11:28:51.704+00:00Mensagem para o Dia dos Namorados, da Comissão Episcopal do Laicado e Família<p></p><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; font-size: xx-large; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqaa2TCbYUl2vnHFHwb9rXUTUS2YrOuza9Le1_cvXhbNlNJNf1FcUVHHOxrY8fKXA3IfWmyDHCZnyXpsQvjNKaY-PLZfiXiRAHCZUWwgCTkH639bVSbC3FOoPBMfwCdSdR2NMbKZhlMhIXHWy0p2G-cOK3Hyej_6yLeWkw63Ey7L53kh-8kcPzSfY02lBY/s3095/odresnuevos-evangelio-24_de_abril_2016color.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1733" data-original-width="3095" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqaa2TCbYUl2vnHFHwb9rXUTUS2YrOuza9Le1_cvXhbNlNJNf1FcUVHHOxrY8fKXA3IfWmyDHCZnyXpsQvjNKaY-PLZfiXiRAHCZUWwgCTkH639bVSbC3FOoPBMfwCdSdR2NMbKZhlMhIXHWy0p2G-cOK3Hyej_6yLeWkw63Ey7L53kh-8kcPzSfY02lBY/w640-h358/odresnuevos-evangelio-24_de_abril_2016color.jpg" width="640" /></a></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;">1. Em termos cristãos e eclesiais, qualquer dinâmica
pastoral ou mensagem pastoral digna deste nome tem de ter sempre como trampolim
a Palavra de Deus recolhida na Escritura Santa, que traz até nós o testemunho
rendilhado da mão de Deus na nossa vida, nas nossas mãos, no nosso rosto, no
nosso coração, no nosso sangue, na nossa cultura, na nossa linguagem, no nosso
quotidiano.</span></span></div><span style="font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">2. É assim que chega até nós a atestação de que «Deus é
amor» (1 João 4, 8.16) e «nos amou primeiro» (1 João 4, 19). Considerando o
mundo cultural de Platão e Aristóteles, dizer que Deus ama é entrar no domínio
do absurdo, pois, segundo este tipo de pensamento, Deus pode ser amado, mas não
amar. E dizer agora que Deus ama primeiro, é afirmar que Deus ama
gratuitamente, com um amor gratuito e descensional, o que significa ainda que a
razão do amor de Deus reside em Deus, e não naqueles sobre quem recai o seu
amor. Entenda-se semelhante paradoxo: o infinito caudal do amor que há em Deus,
e de Deus brota, é sem retorno, não existe em ordem à sua autorrealização ou
autossatisfação mediante a escolha dos destinatários desse amor entre os mais
belos, os mais ricos, os mais amáveis (que é o horizonte em que o nosso mundo
se movimenta), mas procura a felicidade de todos, sobretudo dos mais pobres,
necessitados e fracos, e alarga-se aos estrangeiros e inimigos.</span></span></div><o:p style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">3. Se é assim, se «Deus é amor» (1 João 4, 8.16), e «nos
amou primeiro» (1 João 4, 19), a toada do amor que há em nós «vem de Deus» (1
João 4, 7), e «nós amamos, porque Deus nos amou primeiro» (1 João 4, 19). Então,
o amor que está aqui, o amor que está aí, o amor que está em mim, o amor que
está em ti, o amor que está em nós, «vem de Deus» (1 João 4, 7), e «quem ama
nasceu de Deus» (1 João 4, 7) e «de Deus foi gerado» (João 1, 13).</span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Deus amou-nos
primeiro, ama-nos e continua a amar-nos sempre primeiro com amor-perfeito, isto
é, amor preveniente, concomitante, fiel, consequente, permanente. Ama-nos a
nós, que estamos aqui, e foi assim que nós começámos a amar. Se não tivéssemos
sido amados primeiro, e não tivéssemos recebido o testemunho do amor, não
teríamos começado a amar, e nem sequer estaríamos aqui, porque «quem não ama,
permanece na morte» (1 João 3, 14). </span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Portanto, quem não ama vai em sentido
contrário, ou em sentido nenhum, sem sentido, atraído, fascinado e seduzido
pela morte (cf. Sabedoria 1, 16; 15, 6), escolhendo a morte em detrimento da vida
(cf. Deuteronómio 30, 19). Significa isto que a morte a que aqui se refere a
Escritura Santa não é apenas o termo da vida biológica ou psicobiológica, mas
aquilo que, desde o começo, impede de nascer para a vida verdadeira e para o
amor.</span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">E o que é que te impede de nascer para a vida verdadeira e para o amor? É
seguramente o que te impede de amar, de sair de ti, da tua prisão interior,
cela interior, autossuficiência, autorreferência, tu, encadeado pelas leis da
natureza, ao mesmo tempo dono e escravo de ti mesmo, pura idolatria, opressão
maior do que a do Egito, que também impedia de nascer (Êxodo 1, 16.22).</span></div><o:p style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">4. A tartaruga acaba de deixar o seu esconderijo para um
passeio noturno. O sapo vê-a sair de casa àquela hora, e adverte-a: «A esta
hora não é muito aconselhável sair, tartaruga». Mas a tartaruga continua, e,
arriscando um passo mais longo, vê-se virada de patas para o ar, sobre a sua
própria couraça. O sapo exclama: «Eu bem te avisei, tartaruga; é uma
imprudência sair a esta hora; morrerás aí!». «Bem sei», respondeu a tartaruga
com um olhar entre a malícia e a delícia; «Bem sei, mas é a primeira vez que estou
a ver o céu estrelado!». A tartaruga ensina que não nos podemos contentar em
viver mais ou menos tranquilamente com a cabeça enterrada na areia do céu ou da
terra.</span></div><o:p style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">5. Sair de casa como a tartaruga, extasiar-se e desviar-se
do caminho como Moisés para ver a visão grande e nova daquela sarça que ardia,
mas não se consumia (Êxodo 3, 2-3), ouvir a voz daquela chama que chama (Êxodo
3, 4)! Aí está a maravilha que nos excede, que nos acende os olhos e o coração.
Por isso, cantamos; por isso, contamos; por isso, repetimos e trauteamos, não
por monotonia, nem por mera pedagogia, mas porque a maravilha reclama a poesia.
Bem sabemos, de resto, que a humanidade não está destinada a morrer por falta
de conhecimento, mas por falta de assombro e de maravilha. O mundo que
atravessamos parece todo escuro, desencantado, sem Deus e sem profetas, sem
amor, sem pais nem mães, filhos e irmãos, sem namorados. Só com armas e
soldados!</span></div><o:p style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">6. É preciso urgentemente trazer de volta a Palavra de Deus:
«Tu és bela, minha amada,/ terrível como um exército em ordem de batalha»
(Cântico dos Cânticos 6, 4), que não nos deixa na presença de um amor banal, de
plástico, de bolso, enlatado, mas de um amor que faz estremecer e implica o
risco de morrer. O amor verdadeiro é agónico. Implica luta, porque implica
decisões a todo o momento. Quando o amor não é agónico, então é egoísta. E,
sintomaticamente, no mundo bíblico, a nascente do mal não reside na paixão, no
coração que bate forte, mas no coração duro, empedernido, empedrado,
esclerosado, um «coração de pedra», oxímoro vertiginoso que o profeta Ezequiel
usou para classificar o coração empedernido e embotado de Israel (Ezequiel
36, 26).</span></div><o:p style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">7. Habitados por um coração de pedra! Alles in Ordnung
[«tudo em ordem»] pode dizer-se apenas das lápides no cemitério! Se o
matrimónio é indissolúvel, não é porque a lei de Deus proíba de o romper, mas
porque o amor é fiel eternamente. Amar não é só estar apaixonado. Estar
apaixonado não significa necessariamente amar. Estar apaixonado é um estado;
amar é um ato. Sofre-se um estado; decide-se um ato. É, por isso, que o Deus da
Escritura manda amar. </span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Se amar fosse simplesmente apaixonar-se, tal mandamento
seria um absurdo, pois ninguém pode exigir a alguém que se apaixone. Amar é uma
sucessão de atos em cadeia: uma guerra, portanto. Não é por acaso que agápê
(amor) e agôn (luta) podem ter a mesma etimologia. Paradoxo do amor, que é uma
luta, a luta do amor, do amor novo, que não é contra ninguém, mas a favor de
todos: o amor faz-te feliz, matando-te! Quanto mais amas, lutas, e te matas a
amar, mais te encontras: «Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; ao
contrário, quem perder a sua vida por causa de mim, salvá-la-á» (Lucas 9, 24).
Aí está o verdadeiro ícone do amor, Jesus Cristo, que não se salvou a si mesmo
para me salvar a mim e a ti.</span></div><o:p style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">8. Atravessamos hoje uma cultura solipsista e narcisista,
que traz consigo, como obsessão dominante, viver cada um no seu naco de tempo e
para si mesmo, descurando quer as gerações precedentes quer as seguintes,
verificando-se assim uma acentuada perda de sentido de integração numa sucessão
de gerações, numa família, numa comunidade, numa Igreja, valorizando-se em vez
disso cada vez mais o sacrossanto direito de cada um à sua própria realização
pessoal, sem implicar compromissos. Na verdade, vendo bem, estamos rodeados de
homens e mulheres que se recusam a tornar-se adultos, e, por isso, negligenciam
a tarefa mais importante de um adulto, que é preparar a nova geração para poder
assumir o seu lugar no mundo.</span></div><o:p style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></o:p><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">9. Sede felizes, jovens enamorados! Acolhei o amor de Deus,
e, no meio de tantas guerras, empenhai-vos vós na guerra do amor!</span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: right;">Comissão Episcopal do Laicado e Família: <a href="https://leigos.pt">https://leigos.pt</a></div></span></div><p></p>Fraternitas Movimentohttp://www.blogger.com/profile/04471392749927660245noreply@blogger.com0